11 fevereiro 2007

Charutos

Cheguei com a incumbencia de comprar uma prenda. Já tinha na ideia comprar charutos. Depois de percorrer varias ruas para encontrar os ditos charutos, entrei na Brasileira. Não tinha charutos, acabei por comprar tabaco para mim. E lá soube que no Chiado talvez houvesse.
Saí, de lá depois de ter bebido um café e com os charutos embrulhados em papel com um laço. Estive á espera do pessoal no restaurante, fui o primeiro a chegar. Não quis ficar na mesa vazia e fui para o balcão. Pedi um martini rosso, e o empregado retorquiu com um: Oi? Pensei logo, estamos mal! Voltei a pedir e desta vez soletrei letra a letra: m-a-r-t-i-n-i r-o-s-s-o. O tipo parecia que estava com uma dificuldade qualquer que não dava para perceber. De repente apareceu um tipo parecido com o Al Pacino do meu lado direito. E eu voltei a pedir. Ele tambem parece que padecia da mesma enfermidade que o outro. E de repente na minha cabeça fez-se luz. Disse-lhe que estava ali para jantar e que já estava marcado. Passei de pedinte a burguês num décimo de segundo! O senhor de preto deu a ordem para me servirem um martini. Até pude fumar após perguntar.
O jantar estava óptimo, assim como a companhia. Os mesmos que foram votar hoje, os mesmos que contribuiram para que o aborto fosse despenalizado ate às dez semanas de gravidez. Um pequeno passo para cada um de nós mas um grande passo para a nossa sociedade.
Passamos por vários pontos de diferentes ambientes da capital (Funicular, Incógnito e Jamaica), bares com alma própria e diferentes texturas. A chuva miudinha e o frio faziam com que me mantivesse de pé.
Conheci um galês que trabalha para a RTP, que me deu a possibilidade de praticar o meu inglês enferrujado. E nessa mesma noite o porteiro de um conhecido bar da cidade foi atropelado por uma mota! Mas andava pelo seu próprio pé. O tipo lá se meteu num táxi e foi para o hospital.
Esta noite foi daquelas que não se esquecem facilmente.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei de ler esta aventura...