22 dezembro 2009

Joe Satriani - Circles

Steve Vai - Now We Run

Crédito Habitação

Resvala-me a subtileza do pensar para um tema que me foi proposto, como sempre, por um amigo.
Bom... este tema, como dizem os alfaiates e as costureiras, dá pano para mangas. Ou seja, tem milhares de páginas escritas sobre ele. Eu vou abordar o assunto de cima para baixo. Apetece-me. Tenho uma coisa a dizer sobre isto dos créditos para comprar casa. É uma grandessissima maçada! Epá... eu queria ter uma linha de raciocinio como deve ser, mas neste caso não dá.
Todos deviamos todos, ter uma casinha na cédula de nascimento destinada a cada um. Era bem mais simples e poupava imenso dinheiro do nosso salário, que como sabem devolvemos a quem nos empresta o dito. E quando um ou outra juntassem as fronhas uma casa ficava vaga para mais um que nascia. Bom não pensei muito neste assunto das casas para recém nascidos, mas podia ser uma coisa tipo tourada onde se anunciassem os recem nascidos premiados. E todos receberiam mobilias que so poderiam ser levantadas com o voucher, quando o petiz fosse largado na sociedade para ser um trabalhador exemplar. Por esta ordem de ideias, podem fazer o favor de juntar as peças deste puzzle social... e pensar sobre as possiveis variantes.
As meninas recebiam uma casa igual a da boneca da Mattel, e os meninos recebiam condominios iguais ao do exêntrico Bruce Wayne. Ao menos ali há espaço para estacionar o carro!
Só um acrescento ao que já foi dito. As casas são sitios ou lugares onde se vive. Não são kilometros de terreno de cimento com milhares de quartos e salas e todos os outros eteceteras.
P.S.: lembrei-me das avaliações, e do inexistente mercado de arrendamento!

11 dezembro 2009

Não quero ser mais nada

Não quero ser mais, nada do que sou.
Penso em ser mais. Mas não quero.
Interpreto que não sou nada.
Sou o que não quero, ser.

Quero ser somente um pouco de nada.
Um nada intangivel, ás vezes.
Imperceptível e trasnlúcido.
Que fecha os olhos quando é.

Empresto-me a ser nada.
Caminho eu, pelo meio de nada.
Mas mais, por enquanto penso em ser.
Respiro. Inspiro e expiro.

Ás vezes tenho frio como normalmente tenho.
Tenho sede quando me sabe bem beber água.
E é tudo o que quero ser. Tudo. Mais nada.
Uma linha tão direita como a linha mais perfeita.

02 dezembro 2009

Sexo

The first of many others...
Bom falar sobre o sexo é como falar de comida, do sol ou do oxigénio. É uma coisa intrínseca aos animais humanos como também a outros bichos. Atenção eu disse bichos! Já dizia o Saramago que o adão e a eva foram bem lixados pelo criador do Universo... e não, não se referia ao Stan Lee. Desde cedo que a espécie humana foi designada para procriar, aumentar o número de fiéis que elevassem bem alto o nome do criador. A porra toda é que o pessoal começou a gostar de procriar. Quer dizer, não de procriar mas do acto em si, sem procriação. As agendas pessoais desde os tempos mais remotos, começaram a ficar cheias de praseirosos encontros, somente com o sentido de ter prazer. Coisa feia, que não incluia a cupula espiritual que elevasse o acto a um estado de proximidade com criador. Eu dispenso o estado de proximidade com o criador nestas ocasiões. Não quero copular com o criador. Nem a pensar que ele me abençoa cada vez que o meu esperma ejacula para dentro de uma vagina...
Dou por mim a pensar que o mundo tem guerras e momentos de paz devido ao número de pessoas que num determinado momento... estão a realizar a operação da procriação ou não. Diversa a teoria da arte da guerra e do amor... não é assim tão fantasista esta.
O sexo. Viva o sexo viva! Ao contrário de Dantas.

21 outubro 2009

Transparência

Lembro-me de te fitar incessantemente. Das conversas e olhares trocados no Nicola. O sumo de laranja que nunca mais vinha. Das torradas. Do teu sorriso enorme. E do bem que me trazes. Da paz e da força que me dás. Quero lembrar-me de ti, mais. Quero lembrar-me de um passado que ainda é futuro.

10 setembro 2009

Rasgam-se as luzes

Diante dos gigantes que pela aurora nadam,
Eu e tu, estamos cada vez mais perto.
De frente para as nuvens negras que sobre nos se abatem,
Estamos cada vez mais perto.
Rasgam-se as luzes dos dias, as escuras noites.

Considero as pretensões, as pulsações.
Comprometo a certeza e o racional.
Respiro e volto a respirar, novamente...
Resguardo a capacidade de amar de novo.

De vez em quando sopro água pela boca.
Como torradas com café com leite. E tu?
Afagas o que não conheço em mim. Nada mesmo.
Lembro-me das pedras grandes. As fragas nos montes.

Sobre qualquer coisa que possa ser, adiante ser.
Rio de prazer e deixar ser. Mais torradas.
Sobra-me o tempo. Tantos relógios! Segundos...
Tanto tempo. Tanta vontade.

03 setembro 2009

um título

um título uma coisa sem nada sem pontos nem virgulas uma coisa mesmo à prémio nobel sem letras maiúsculas sem parágrafos um título uma página de jornal na mão de qualquer pessoa em qualquer lugar no planeta imagine-se onde e depois vem alguém que me diz que não pode ser porque não e apresenta as diversas razões o porquê de amarmos de odiarmos de respirarmos etc e depois de todas as razões assumidas e acertivamente compreendidas digo não não poderá deixar de existir um título onde se escreva sem pontos nem vírgulas nem maiúsculas só depende mesmo da vontade de quem escreve de quem elabora o que pensou e o torna real e desde que a realidade seja factual que seja comprovada um título é bem mais que só isso
ponto final

12 agosto 2009

Um olhar terno que entra em mim

Um olhar terno que entra em mim.
Naquele momento amaste-me.
Só um olhar.
E o tempo parou em nós.

E a raiva de não te ter.
E a raiva de me sobrepor.
E um grito de amor.
Agora tapa-me.

Eu sufoco. Eu absorvo o teu corpo.
Tudo em mim é suor.
Sinto o coração bater.
Olho o teu olhar.

O meu corpo erguido.
A certeza de querer o teu olhar.
E a raiva é cega.
Olho para ti... e vejo.

10 agosto 2009

A imediata perseguição

Todas as palavras tem o peso de qualquer coisa. Todas as palvras tem o peso de alguma coisa. Todas as palavras tem o peso certo. Todas as palavras pesam. Todas as palavras quando escritas tem um peso próprio.
As palavras que escrevo não tem peso. São não pesáveis. São feitas de ar. De nada. E seguindo esta linha de pensamento, agora posso escrever.
A parte de tudo e de nada, só me resta gostar de ti. Incondicionalmente.

O Sorriso do Raul

Lembro-me do seu sorriso. Bondoso, traquina, sincero, feliz. Lembro-me de como me corrigia as frases. Lembro-me de tanta coisa. E é essa lembrança que me fica para sempre na memória. Uma lembrança egoísta. O Raul nada tinha de egoísta. A Casa do Artista é um bom exemplo disso. Toda a sua obra fala por si.
O Raul foi feliz. Vocês, façam o favor de ser felizes.

29 julho 2009

Agnosticismo

Este termo é usado frequentemente, por diferentes grupos sociais, e por vezes com objectivos significantes diversos.
Fiquei surpreso com o que li. Espero que seja útil para esclarecer as dúvidas que subsistam. Clicar aqui para saber mais.

16 julho 2009

As Aventuras de Sir Monarch - #6

A carta indicava que Claire Blanchefort fora vista pela última vez em Paris. Por entre dados indivuduais, a carta fazia menção a um restaurante na cidade das luzes. O nome do restaurante... "Le Triangle". Parece óbvio que seria por ali que deveria começar a procura-la. Sir Monarch apanha o ferry que liga Dover a Clais, e daí o comboio que o deixará em Paris. A noite caiu, a viagem foi cansativa, vai imediatamente para o nº 45 da Boulevard Raspail, o Hotel Lutetia.
Sir Monarch está na entrada do hotel. Grande azáfama, os bagageiros a empurrarem os carrinhos com malas, e os hospedes a entrarem e a sairem. Aqui ele estava em casa.
- Por favor, acompanhe Sir Monarch até a sua suite. Sir, o champagne está no seu quarto. Boa estadia. O bagageiro leva a sua única mala. Sir Monarch repara numa rapariga morena sentada no bar do hotel. Toda vestida de preto. Saia e blusa, sapato stilleto, na ponta de uma meia preta. Vai ao seu encontro.
- Boa tarde menina. O meu nome é Sir Monarch. Reparei como olhava para mim. Posso ser-lhe útil?
- Boa tarde Sir Monarch. O meu nome é Felicia Robertson. Temos uma amiga em comum. Pediu-me para lhe falar. O nosso escritório em Paris soube que estaria aqui. Espero por si para jantar. Vá ter comigo a este endereço. Seja pontual. Não espero.
Sir Monarch não sabia quem era a rapariga morena. Suspeitava que a sua amiga americana pudesse querer falar com ele. Mas também podia ser uma cilada. Só há uma maneira de esclarecer a questão. Telefonar.
- Estou... És tu? Do outro lado uma voz semi acordada.
- Sim sou. Estás em Paris? Soube que estarias...
- Tenho uma nova amiga...
- Tens? Óptimo!
- Dá os meus cumprimentos ao senhor teu marido.
- Serão dados. Ele adorou as garrafas...
- Exelente. Adeus.
- Bom jantar...

20 junho 2009

Abraças-me tanto

Penso em ti. Não me sais da cabeça. Sinto-me impotente por não te poder ajudar. Por não te poder ver. Por não, por não. E os nãos fazem com que te queira ainda mais. E o querer já não é racional. Não é um querer dissecado. Um querer possível ou não. É só querer.
E por tantas vezes ter escrito sobre o amor, a paixão parece que nada mais resta para dizer. Mas sim falta dizer-te tudo. Percebe-me. Percebes-me. Soltas os teus gritos e eu oiço. Soltas os teus risos e choros, e eu oiço. Abraças-me como eu quero. Abraças-me tanto.
Uma sinfonia tocada por instrumentos ainda não inventados, faz a música dos meus dias. Enche-me de ar. De esperança. E um abraço do tamanho de uma árvore grande é o muito que espero. O beijo de um passáro veloz, a altura ideal. A calma de uma ceara ao vento, o sentimento que me colhe.

17 junho 2009

A imperfeição perfeita

Há coisas que reconheço, outras que desconheço. Embora desconhecendo, o que conheço, entendo. E apreendo. Agora não é momento de racionalizar, de sentir ou sequer de agitar. Agora o momento é de calma e vontade que o bem se instale e que o mal se vá.
O presente importa. O passado já foi, não o podemos mudar. O futuro é consequência do presente. Apenas o presente importa.

Stanislavski e o Método

Ação Física Na maturidade, o mestre russo defendia a importância do Método da Acção Física. Para se compreender o método, tem-se primeiro de entender a acção física. Ela baseia-se numa premissa de que toda a emoção flui independente da vontade - a menos que o actor possa sobre ela exercer total controle, assim como se tem sobre o corpo. Dominando-se ambos, a vontade passa a controlar emoções como os movimentos somáticos. Para tal, são feitos exercícios em que a memória emocional é evocada, algo que Stanislavski desenvolveu como ferramenta de ensaio ou técnica de pesquisa. No final, há apenas o corpo, sob total controle. A interacção entre actor e director passam, portanto, pelo desenvolvimento da melhor forma de desempenho, que se procura obter durante os ensaios.
Acção Psicofísica
Stanislavski começou a desenvolver as suas técnicas no começo do século XX e, no princípio, ele enfatizava os aspectos interiores para o treino do actor. Por exemplo, os vários modos de contacto com o artista são inconscientes. Mas, por volta de 1917, ele começou a olhar cada vez mais para a acção propositada, onde a acção é intencional e não intuitiva, naquilo que denominou de ação psicofísica (uma acção tem o seu propósito e ela é quem conduz ao sentimento). Um dos seus alunos notou a mudança e anotou numa de suas conferências: Considerando que a acção tinha sido ensinada previamente como a expressão de um "estado emocional" previamente estabelecido, é agora a acção quem predomina e é a chave para determinar o psicológico. Em lugar de ver as emoções conduzindo a acção, Stanislavski passou a acreditar que era o contrário que ocorria: a acção propositadamente representada para chegar aos objetivos do personagem era o caminho mais directo para as emoções.

11 junho 2009

A fantástica história de Ti

Impressionantemente calas-me o olhar.
Reflecciono sobre e contigo.
Debaixo de um fogo lento.
Amparas-me o que sinto.

Com sete crias de mim, alcanço o teu ser.
Reparo e mordo o lábio. Embebedas-me.
Fazes explodir o ar azul que respiro.
Pressionas com frequência a minha alma.

Onde é que a minha voz não chega?
De gritar os meus passos são mais lentos.
De onde saí as minhas mãos não sentem.
Reprovação de um aluno mediocre.

As curvas de Ti são belas.
A linha da irrealidade já a passei.
O irreal é real. Outra dimensão.
Um outro olhar. Um olhar verdadeiro, de Ti.

25 maio 2009

Ocult time

Luto contra a incapacidade do menos fácil. Corro atrás do que é árduo, trabalhoso. Refugio-me nas horas, no tempo. Escapa-me o espaço. O lugar, foge de mim. O lugar não é este. O lugar é outro qualquer, num tempo preciso, mas oculto.


23 maio 2009

O personagem

Hoje morri de faca na barriga. Hoje morri de sede. Hoje morri queimado. Hoje apontaram-me uma arma à cabeça.
Hoje gritei de dor. Hoje encontrei em mim um personagem. Sedento de morte. De não vida. Hoje esse personagem ganhou vida. Gritava como um lobo. Sentia medo quando ameaçado e era cobarde perante a morte. Esse personagem é demoniaco. Um ser alterado pelas condições do meio. Um ser que sente e que por sentir me transformou nele. Tomou a vida, o ar.
Hoje encontrei um personagem.

11 maio 2009

O que sobra

Sobra o pensar. Sobra porque o resto não existe. O resto é nada. A realidade que existe, que acontece, que é, não é nada. Sobra o meu cérebro.
Sobra o pensamento, o um mais um igual a dois. Sobra a racionalização do sentimento. Sobra o sentimento depurado de gorduras apensas. Sem ossos, nem pele, nem nada. A pedra filosofal dos amantes. Aquilo que Camões e Cervantes cantaram. Sobramos nós. Seja isso o que for.
Mas sim, nós.

07 maio 2009

Falta o Início

Quero ser o varredor da tua rua.
Olhar-te e sorrir...
Quero ver o tempo que passa a não passar.
Quero sentir mais o chão que pisas.

E se tanto querer é não poder,
Então eu não posso e nunca poderei.
Porque o meu querer é maior que a água de um rio.
E mais leve do que o ar, mais doce que o açucar.

E se para o poder ter, terei que perder...
Então perderei, serei o derrotado.
Se para ter, te ter, simplesmente tu.
Sou eu que serei, não tu.

E na tua rua o mais belo momento
Seria quando o teu sorriso olhasse.
E o tivesse, dando-te o meu...
E um olhar, o meu olhar.

29 abril 2009

Eu entendo-te mais do que tu imaginas

Racionalizo. Depois daquele cigarro estou assim. É bom estar, há muito que não estava. A minha cabeça limpa de cores nafetalinosas, adquire tons básicos das cores. O preto é preto, o branco branco e as outras cores, as outras cores. O que parece difícil de entender aparece claro, iluminado por uma luz alva. As sensações voltam de novo. O meu espiríto quebra o laço que o liga ao corpo. O cansaço já é bastante. Não é fácil escrever o que se pensa, colocando linearmente o pensamento aqui, por palavras.
Analiso. Sobra a dureza da pedra. A dureza do ar frio. Podia ser quente. Mas ai já não era pedra, era mar. O ar seria morno e terno. E eu seria o mesmo, e tu a mesma. Sendo contudo diferentes do que somos hoje.

26 abril 2009

Inflexão

Ao ler um poema e depois de o ter lido a minha maneira, fiquei a saber que não o devia ler à minha maneira. De facto ler poemas tem muito que se lhe diga. Fiquei a saber que não devemos ler como se fossemos nós a ler, a ter escrito. Devemos sim, ler como está escrito. Aprendi que devemos respirar, inspirar antes de começar uma frase, e começar a ler quando expiramos. Nada fácil a parte da respiração. Vai levar algum tempo até conseguir dominar a parte da respiração, mas acho que consigo.
As inflexões também não são fáceis. Treino, muito treino requerem as inflexões. Temos que imaginar as palavras como cores, ondulantes no ar que respiramos.
(...) olhou-me nos olhos e disse qualquer coisa. Olhei directamente para ela. Não percebi nada do que me disse. Percebi que estava cada vez mais perto dela. E o rosto dela que me atrai, estava ali perto do meu. Olhava-me diretamente. Senti um outro ser que me falava, um tempo que tinha principio e fim. A frase acabou e recomeçou no ponto que tinha acabado. Encostou-se à cadeira, olhar em frente. E com a mão esquerda, no seu cabelo esticado, brincava com os caracóis. O meu campo de visão era interrompido pelo seu gesto...

17 abril 2009

Por sobre a mesa

Paro frente ao monitor, de mãos abertas sobre o teclado. E começo a escrever.
Olhos verdes. Imagens, várias. Palavras. E não sei se me apetece escrever o que tenho para dizer. Não sei se tenho a coragem de ir para além do sono. Passar o limite do medo, como quando dormito e não quebro a linha ténue da outra margem. Não sei tanta coisa. Agora.
E penso que não é nada de especial, que o teste é, foi ou continuará a ser. Ou não foi, nunca foi ou será. E o aborrecimento é uma coisa normal. E o sentimento que não sinto também. Deve ter a ver com a idade. E toda esta porcaria que escrevo, estas palavras sem sentido, toda esta prosápia de indulgência auto infligida, carece de comprovação. Carece de uma análise.
Como o comprovo? Não vou escrever interjeições por mais que queira, goste ou só porque sim. Recuso-me, a escrever interjeições. Devia saber que não o devo, devia ou deverei fazer. A minha vida está cheia de novas e velhas e futuras interjeições. E quando uma acaba, outra se lhe segue. Não é por querer. Acontece porque sim. E as considerações que faço são tão rasas que não chega para se considerar que choveu. Somente uns pingos se veem. Só ai se nota a chuva das palavras que foram ditas. Estas eu digo. Tenho que ter coragem de as dizer. Tenho que aceitar o presente, como tu o aceitas. E não somos menos nem mais por isso. Somos só nós. E se pudermos retirar alguma coisa da chuva que caiu, que seja tudo menos uma constipação.

12 abril 2009

Um outro eu

Todos representamos um papel. E não é fácil representar o papel de um outro que não nós mesmos. Para mim não é nada fácil. Percebo agora o quão difícil é. Bom este pequeno post é insignificante na eloquência, no tamanho e no peso. Talvez seja bom sinal. Um sinal de mudança. Uma alteração inconsciente, não racional.
Lembro-me de estar deitado nas tábuas e depois em pé e de tudo ser novo. Mas ao mesmo tempo era eu que ali estava.

31 março 2009

Mesas e cadeiras

Alguém me consegue dizer porque é que sou visto como uma ameaça? Hum... Talvez não seja isso. Um meio para atingir um fim? Hum... Talvez não. Uma maneira de passar o tempo? Hum... Talvez. Poderá ser qualquer uma destas hipóteses ou outras que tenho na minha cabeça. Dou voltas aos miolos e nada. Não tenho resposta. Nada me parece com sentido. Talvez seja um encadear de factos e acontecimentos. De vontades e sentimentos. Sou demasiado sincero. Uma pequena falha. Sou boa pessoa, dizem. Ou será que mentiram? Bom se mentiram, eu saberei melhor que ninguém. Uma coisa sei. Não fiz nada, nem faço, para que seja considerado um fora da lei, um herege condenado á fogueira. A simples miséria do outro faz com que o Inferno arda melhor. Talvez tenha caracter e convicções que me impeçam de olhar e julgar, o outro, como esse outro o faz no sentido inverso. Aborrece-me bastante, a plena incapacidade mental do outro em perceber que o que está a fazer não tem sentido. Tem um sentido individual, sim. Esse sentido egoísta que é aplicado, paira a minha volta de cada vez que respiro. Talvez seja por ser um indivuduo, com querer e não querer. Hum... Vejo, mas sinto mais. Talvez seja pura ignorância, menor capacidade para lidar com qualquer situação que não seja da forma mais básica. Mas não. Não ignoras. Aliás és consciente e actuante. Acho que é puro egoísmo e manipulação.
Penso voltar ao princípio. Mas não. Uma mesa pode ter de um, a mais pontos de apoio. Eu sou uma mesa com um só ponto de apoio. Sei que assim é. Bonita e cristalina esta imagem. Mesas e cadeiras como metáfora para o ser indivídual ou colectivo. Sim porque há individuos que se arrogam de serem muitos outros. Fazem tudo para se esquecerem de quem são. Merece outro post.

30 março 2009

Impressive floating

Impressive floating:
Grab an umbrella. Make a chocolate cake. Drink a coke. Take a walk in the park. Feed the duks. Reed the Book " Is my mother an E.T.?". Take the Gold Fish memory for one freaking hour. After that, act like a rug, a semi-new old rug. Lay on your doorway and let the fun begin! After u have been steeped more than three times, u can now puke! Read another book, "Why do i piss standing up?"... By now u may be a bit confused. So smoke a cigar, a cuban one. Drink a drop of lemon, act like stupid and go fish.
At this time and date u must be thinking... "hum, am i a normal person?". If ur answer is yes, go to the nearest hospital, and stay there... If ur answer is no, well... just kill urself with your mouse pad.

29 março 2009

Nova Hora

É impossivel ver algo mais do que os meus olhos veem. É impossível que a realidade seja mais que isto. Mais do que vejo.
A impossibilidade implica uma não observância pelo que pode ser. Pelo sonho. Não agora. Agora não. Agora somente respiro e vejo o que me é dado ver. Tudo o resto é simplesmente palha. Palha seca. Matéria orgânica morta, decomposta. Tudo o que é vivo é somente o que vejo.

26 março 2009

Quietinha

Quietinha. No escuro. Deitadinha. E dormir. Foram estas as palavras que me disseste. O que será que sentes? O que te mandou para a cama fria e agora quente? Os pensamentos inerentes, penso eu à condição de não sã. Ou outras modas já estão nas vitrines?
Como a tua cama, estás fria. Diferente. Outra tu. Mas ainda assim, tu. Telegráfica. Gostei desta parte. Sem humor. Quase indiferente.
Tenho sono, vou dormir e achar que sim e que não ou que talvez. Um estado simples e ousado de querer ser, e ser por vezes.

21 março 2009

Lost Tumb of Jesus

Em 1980, um grupo de arqueólogos descobre em Talpiot, perto de Jerusalém, uma tumba datada do século I. Das dez ossadas encontradas nos diversos caixões, em seis delas haviam inscritos: Jesus, filho de José, Judá, filho de José, Judá filho de Jesus, Mário, José, Mateus e Maria Madalena. Na época, os arqueologistas não deram muita importância para o caso. Passados 25 anos, o director Simcha Jacovoci e a sua equipa partiram à procura destas ossadas... E do túmulo perdido. O que eles encontraram pode ser a maior descoberta arqueológica da história.

18 março 2009

Estratégias de manipulação

1- A estratégia da diversão:
Elemento primordial do controle social, a estratégia da diversão consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e da mutações decididas pelas elites políticas e económicas, graças a um dilúvio contínuo de distracções e informações insignificantes.
A estratégia da diversão é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar pelos conhecimentos essenciais, nos domínios da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética.
"Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por assuntos sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar, voltado para a manjedoura com os outros animais" (extraído de "Armas silenciosas para guerras tranquilas" )

2- Criar problemas, depois oferecer soluções:
Este método também é denominado "problema-reacção-solução". Primeiro cria-se um problema, uma "situação" destinada a suscitar uma certa reacção do público, a fim de que seja ele próprio a exigir as medidas que se deseja fazê-lo aceitar. Exemplo: deixar desenvolver-se a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público passe a reivindicar leis securitárias em detrimento da liberdade. Ou ainda: criar uma crise económica para fazer como um mal necessário o recuo dos direitos sociais e desmantelamento dos serviços públicos.

3- A estratégia do esbatimento:
Para fazer aceitar uma medida inaceitável, basta aplicá-la progressivamente, de forma gradual, ao longo de 10 anos. Foi deste modo que condições sócio-económicas radicalmente novas foram impostas durante os anos 1980 e 1990. Desemprego maciço, precariedade, flexibilidade, deslocalizações, salários que já não asseguram um rendimento decente, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se houvessem sido aplicadas brutalmente.

4- A estratégia do diferimento:
Outro modo de fazer aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como "dolorosa mas necessária", obtendo o acordo do público no presente para uma aplicação no futuro. É sempre mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro porque a dor não será sofrida de repente. A seguir, porque o público tem sempre a tendência de esperar ingenuamente que "tudo irá melhor amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Finalmente, porque isto dá tempo ao público para se habituar à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento. Exemplo recente: a passagem ao Euro e a perda da soberania monetária e económica foram aceites pelos países europeus em 1994-95 para uma aplicação em 2001. Outro exemplo: os acordos multilaterais do FTAA (Free Trade Agreement of the Americas) que os EUA impuseram em 2001 aos países do continente americano ainda reticentes, concedendo uma aplicação diferida para 2005.

5- Dirigir-se ao público como se fossem crianças pequenas:
A maior parte das publicidades destinadas ao grande público utilizam um discurso, argumentos, personagens e um tom particularmente infantilizadores, muitas vezes próximos do debilitante, como se o espectador fosse uma criança pequena ou um débil mental. Exemplo típico: a campanha da TV francesa pela passagem ao Euro ("os dias euro"). Quanto mais se procura enganar o espectador, mais se adopta um tom infantilizante. Por que? "Se se dirige a uma pessoa como ela tivesse 12 anos de idade, então, devido à sugestibilidade, ela terá, com uma certa probabilidade, uma resposta ou uma reacção tão destituída de sentido crítico como aquela de uma pessoa de 12 anos".

6- Apelar antes ao emocional do que à reflexão:
Apelar ao emocional é uma técnica clássica para curtocircuitar a análise racional e, portanto, o sentido crítico dos indivíduos. Além disso, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para ali implantar ideias, desejos, medos, pulsões ou comportamentos...

7- Manter o público na ignorância e no disparate:
Actuar de modo a que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e a sua escravidão. "A qualidade da educação dada às classes inferiores deve ser da espécie mais pobre, de tal modo que o fosso da ignorância que isola as classes inferiores das classes superiores seja e permaneça incompreensível pelas classes inferiores".

8- Encorajar o público a comprazer-se na mediocridade:
Encorajar o público a considerar "fixe" o facto de ser idiota, vulgar e inculto...

9- Substituir a revolta pela culpabilidade:
Fazer crer ao indivíduo que ele é o único responsável pela sua infelicidade, devido à insuficiência da sua inteligência, das suas capacidades ou dos seus esforços. Assim, ao invés de se revoltar contra o sistema económico, o indivíduo se auto-desvaloriza e auto-culpabiliza, o que engendra um estado depressivo que tem como um dos efeitos a inibição da acção. E sem acção, não há revolução!...

10- Conhecer os indivíduos melhor do que eles se conhecem a si próprios:
No decurso dos últimos 50 anos, os progressos fulgurantes da ciência cavaram um fosso crescente entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dirigentes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" chegou a um conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente. O sistema chegou a conhecer melhor o indivíduo médio do que este se conhece a si próprio. Isto significa que na maioria dos casos o sistema detém um maior controle e um maior poder sobre os indivíduos do que os próprios indivíduos.

by Sylvain Timsit

16 março 2009

Ask me to fly to the moon

Ask me to fly to the moon.
Ask me to let u fly to the moon.
Ask me to fly with me to the moon.
Ask me.

Just ask me to hold u.
To put my arms arround u.
To hold u. Ask me.
Ask me to hold ur hand.

To let u hold my hand.
Ask me to be urs.
Ask me. Just... ask me.
To know who i am.

I have one question.
Can u really be u?
As u ask me to fly u to the moon...
I say that, i can be me.

E quando estou assim

E quando estou assim.
Para além de agora estou assim.
Como não estive.
Não livre. Acordado.

A olhar para ti.
E és mais do que eu.
Porque eu sou muito pouco.
E agora tu és mais que eu.

És o que não fui. Mas sou.
Uma noite de sol.
Agora eu sou o que tu és.
Eu sou mais qualquer coisa.

Repleto de minutos. Tantos.
Que me enchem. E estravazam
Para fora. Fazendo-me
Ser mais tempo.

13 março 2009

Linhas Submarinas/ Submarine Lines

Esta é uma foto retirada do Google Earth. Peço que reparem com mais atenção, para o canto inferior esquerdo. Existem várias linhas na foto, não posso adiantar se são elevações ou depressões, mas á primeira vista são depressões. Após uma medição rápida, a estrutura de linhas é representada em centenas de quilómetros. Na foto existem mais linhas, mais espaçadas e sumidas. De salientar que a região a que se refere a foto, se compreende na zona dos Açores, Madeira e Canárias. Interessante. Não encontrei qualquer referência a esta estrutura.

26 fevereiro 2009

Beside the point

"Possibly the best thing i ever had was an orgasm. Not even toys or money. A simple and natural expulsion of my body. And without the perfect girl it would be rather impossible. So girl, if u are out there... Thank's!"
This could be written on someone tombstone, i don't know. I thought it whould be nice to have someone in the all world that could give meaning to past life with these words. Well it could be on mine tombstone too. But... in my case it's not a possibility, it's really a fact.

24 fevereiro 2009

Sé de Lisboa

A Sé de Lisboa, inicialmente designada de Igreja de Santa Maria Maior, foi mandada construir em 1150 por D. Afonso Henriques, três anos depois de ter conquistado Lisboa aos Mouros.A Sé de Lisboa foi construída no local de uma antiga mesquita, para o primeiro bispo de Lisboa, o cruzado inglês Gilbert de Hastings. Devastada por três terramotos no século XV, bem como pelo de 1755 - foram bastante inclementes para com a Matriz de Lisboa, dedicada a Santa Maria Maior, que sofreu danos e foi sendo renovada ao longo dos séculos.A Sé de hoje é uma mistura de estilos. O interior é de três naves com seis tramos, sendo a central coberta por abóbada de canhão e as laterais por abóbadas de aresta, com um falso trifório em grande parte do seu perímetro superior. O transepto é igualmente abobadado, coroado por rosáceas em ambos os topos. A cabeceira, substituída nos reinados de D. Afonso IV e D. João I, seria provavelmente formada por ousia e dois absidíolos semicirculares abobadados. No coração do templo, o cruzeiro era iluminado por uma torre-lanterna de vários andares, caída em 1755. A fachada, com as duas torres sineiras ameadas, bem como a esplêndida rosácea, mantém um sólido aspecto românico.
O escuro interior é na sua maior parte simples e austero e já quase nada resta dos embelezamentos feitos por D. João V na primeira metade do século XVIII. Para lá da neve românica renovada, a charola tem nove capelas góticas.
Na Capela de Santo Ildefonso pode-se ver o sarcófago do século XIV de Lopo Fernandes Pacheco, companheiro de armas de D. Afonso IV, e da sua esposa Maria Vilalobos.O túmulo está esculpido com a figura barbuda do nobre, de espada na mão, e da esposa, com um livro de orações e os cães sentados a seus pés. Na capela adjacente estão os túmulos de D. Afonso IV e da esposa D. Beatriz. O claustro gótico a que se chega pela terceira capela da charola, tem duplos arcos elegantes com belos capitéis esculpidos. Uma das capelas ainda exibe um portão de ferro forjado do século XIII. Nos Claustros, as escavações arqueológicas revelaram vestígios romanos e outros.
À esquerda da entrada a capela franciscana contém a pia onde o santo foi baptizado em 1195, e está decorada com azulejos que representam Santo António a pregar aos peixes. Na capela adjacente existe um Presépio barroco feito de cortiça, madeira e terracota de Machado de Castro.
O tesouro encontra-se no topo da escadaria, à direita. Abriga uma variada colecção de pratas, trajes eclesiásticos, estatuaria, manuscritos iluminados e relíquias associadas a São Vicente.
A peça mais preciosa da catedral é a arca que contém os restos mortais do santo, transferidos do Cabo de São Vicente para Lisboa em 1173. A lenda diz que dois corvos sagrados mantiveram uma vígilia permanente sobre o barco que transportava as relíquias. Os corvos e o barco tornaram-se no símbolo da cidade de Lisboa. Diz-se também que os descendentes dos dois corvos originais viviam nos claustros da catedral. in "Wikipédia"

20 fevereiro 2009

Pedra Filosofal

A Pedra Filosofal (ou Mercúrio dos Filósofos) era o principal objetivo dos alquimistas. Segundo a lenda, era um objeto que poderia aproximar o homem de Deus. Com ela o alquimista poderia transmutar qualquer metal inferior em ouro, como também obter o Elixir da Longa Vida que permitiria prolongar a vida indefinidamente. O trabalho relacionado com a pedra filosofal era chamado pelos alquimistas de "A Grande Obra" (ou "Opus Magna", em latim). A lenda da pedra filosofal não existe na alquimia chinesa.
Aparentemente, o trabalho de laboratório dos alquimistas na busca pela pedra filosofal era, na verdade, uma metáfora para um trabalho espiritual. Neste sentido, a transmutação dos metais inferiores em ouro seria a transformação de si próprio de um estado inferior para um estado espiritual superior.
Torna-se mais clara a razão para ocultar toda e qualquer conotação espiritual deste trabalho, na forma de manipulação de "metais", se nos lembrarmos que na Idade Média qualquer um poderia ser acusado de heresia, satanismo e outras coisas, acabando por ser queimado na fogueira.
A pedra filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir da Longa Vida, uma panacéia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e dentre eles destaca-se Paracelso.
A busca por esta pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante a busca pelo Santo Graal das lendas arturianas. Em seu romance Parsifal, Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres celestiais e teria poderes inimagináveis.
Ao longo da história a criação da pedra filosofal foi atribuída a várias personalidades, como Paracelsus e Fulcanelli, porém é inegável que a lenda mais famosa refere-se a Nicolas Flamel, um alquimista real que viveu no século XIV. Segundo o mito, Flamel encontrou um antigo livro que continha textos intercalados com desenhos enigmáticos, porém, mesmo após muito estudá-lo, Flamel não conseguiria entender do que se tratava. Segundo a lenda, ele teria encontrado um sábio judeu em uma estrada em Santiago na Espanha, que fez a tradução do livro, que se tratava de cabala e alquimia, possuindo a fórmula para a pedra filosofal. Por meio deste livro, conseguiu fabricar a pedra: segundo a lenda, esta seria a razão da riqueza de Flamel, que inclusive fez várias obras de caridade, adornando-as com símbolos alquímicos. Ao falecer, a casa de Flamel foi saqueada por caçadores de tesouros ávidos por encontrar a pedra filosofal. A lenda conta que, na realidade, ambos, Flamel e sua esposa, não morreram, e que em suas tumbas foram encontradas apenas suas roupas no lugar de seus corpos. in "Wikipédia"

16 fevereiro 2009

Universo

A palavra universo (do latim universus, "todo inteiro", composto de unus e versus) tem várias acepções, podendo ser designado como "a totalidade das coisas objeto de um estudo que se vai fazer ou de um tema do qual se vai tratar". Portanto, o termo pode ser designado como a "Totalidade das coisas". Na linguagem quotidiana poderíamos dizer "Universo da Política", "Universo dos Jogos", "Universo Feminino"... Isso são particularizações da palavra. Se quisermos designar a totalidade do todo físico e real, a definição aplicada terá carácter cosmológico.
O Big Bang, ou, grande expansão, também conhecido como modelo da grande explosão térmica, parte do princípio de Friedmann, segundo o qual enquanto o Universo se expande, a radiação contida e a matéria arrefecem. Para entender a teoria do Big Bang, deve-se em primeiro lugar entender a expansão do Universo, de um ponto A para um ponto B; assim, podemos, a partir deste momento, retroceder no espaço, portanto no tempo, até o Big Bang.
Sabe-se que a matéria primordial - muitos acreditam ser o hidrogênio - ao aglomerar-se gravitacionalmente deu origem às primeiras galáxias, onde surgiram posteriormente estrelas e planetas, num processo de expansão que ainda está em marcha, desde há cerca de 13,7 bilhões de anos.
Nesta altura, é ainda impossível garantir que o Universo continuará a expandir-se infinitamente, levando à desagregação de toda a matéria e à sua morte, ou se eventualmente essa expansão abrandará e se iniciará um processo de condensação. Esta última hipótese, que sustenta a possibilidade da ocorrência de um fenómeno inverso ao Big Bang, o Big Crunch, leva à conclusão de que este Universo poderá ser apenas uma instância distinta de um conjunto mais vasto, a que outros 'Big Bangs' e 'Big Crunches' deram origem. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche propôs a hipótese, na sua teoria do Eterno retorno, de que o Universo e todos os acontecimentos que contém se repetem ou repetirão eternamente da mesma forma. in "Wikipédia"

15 fevereiro 2009

Agostinho da Silva - Biografia

George Agostinho Baptista da Silva, foi um filósofo, poeta e ensaísta português. O seu pensamento combina elementos de panteísmo, milenarismo e ética da renúncia, afirmando a Liberdade como a mais importante qualidade do ser humano. Agostinho da Silva pode ser considerado um filósofo prático e empenhado através da sua vida e obra, na mudança da sociedade.

George Agostinho Baptista da Silva nasceu no Porto em 1906, tendo-se ainda nesse ano mudado para Barca D'Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), onde viveu até aos seus 6 anos, regressando depois ao Porto, onde inicia os estudos na Escola Primária de São Nicolau em 1912, ingressando em 1914 na Escola Industrial Mouzinho da Silveira e completando os estudos secundários no Liceu Rodrigues de Freitas, de 1916 a 1924.
Dono de um percurso académico notável, de 1924 a 1928, cursou Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tendo concluído a licenciatura com 20 valores. Após concluir a licenciatura, começa a escrever para a revista Seara Nova, colaboração que manteve até 1938.
Em 1929, com apenas 23 anos, defende a sua dissertação de doutoramento a que dá o nome de “O Sentido Histórico das Civilizações Clássicas”, doutorando-se “com louvor”.
Em 1931 parte como bolseiro para Paris, onde estuda na Sorbonne e no Collège de France. Após o seu regresso em 1933, leciona no ensino secundário em Aveiro até ao ano de 1935, altura em que é demitido do ensino oficial por se recusar a assinar a Lei Cabral, que obrigava todos os funcionários públicos a declararem por escrito que não participavam em organizações secretas (e como tal subversivas). No mesmo ano, consegue uma bolsa do Ministério das Relações Exteriores de Espanha e vai estudar para o Centro de Estudos Históricos de Madrid. Em 1936 regressa a Portugal devido à iminência da Guerra Civil Espanhola.
Cria o Núcleo Pedagógico Antero de Quental em 1939, e em 1940 publica Iniciação: cadernos de informação cultural. É preso pela polícia política em 1943, abandonando o país no ano seguinte (1944) em direcção à América do Sul, passando pelo Brasil, Uruguai e Argentina, no seguimento da sua oposição ao Estado Novo, na altura conduzido por Salazar.
Em 1947 instala-se definitivamente no no Brasil, onde viveu até 1969. Em 1948, começa a trabalhar no Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, estudando entomologia, e ensina simultaneamente na Faculdade Fluminense de Filosofia. Colabora com Jaime Cortesão na pesquisa sobre Alexandre de Gusmão. De 1952 a 1954, ensina na Universidade Federal da Paraíba (em João Pessoa (Paraíba)) e também em Pernambuco.
Em 1954, novamente com Jaime Cortesão, ajuda a organizar a Exposição do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo. É um dos fundadores da Universidade de Santa Catarina, cria o Centro de Estudos Afro-Orientais, e ensina Filosofia do Teatro na Universidade Federal da Bahia, tornando-se em 1961 assessor para a política externa do presidente Jânio Quadros. Participou na criação da Universidade de Brasília e do seu Centro de Estudos Portugueses no ano de 1962 e, dois anos mais tarde, cria a Casa Paulo Dias Adorno em Cachoeira e idealiza o Museu do Atlântico Sul em Salvador.
Regressa a Portugal em 1969, após a doença de Salazar e a sua substituição por Marcello Caetano, que deu origem a alguma abertura política e cultural do regime. Desde aí continuou a escrever e a leccionar em diversas universidades portuguesas, dirigindo o Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade Técnica de Lisboa, e no papel de consultor do Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, (actual Instituto Camões).
Em 1990, a RTP1 emitiu uma série de treze entrevistas com o professor Agostinho da Silva, denominadas Conversas Vadias. Uma outra entrevista, até ao momento não publicada, conduzida por António Escudeiro e chamada Agostinho por si próprio, fala sobre a sua devoção ao Espírito Santo.
Faleceu no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, a 3 de Abril de 1994.
Um documentário sobre o próprio, intitulado Agostinho da Silva: um pensamento vivo, foi realizado por João Rodrigues Mattos, e lançado pela Alfândega Filmes, in 2004.
É referenciado como um dos principais intelectuais portugueses do século XX. Da sua extensa bibliografia, destacam-se o livro Sete cartas a um jovem filósofo, publicado em 1945.

03 fevereiro 2009

Partes de um todo

Partes de um todo.
Quebras. Tu partes.
Deixas para trás o que conheces.
Olhas a dor, pensas no amor.

Rejeitas a morte.
Olhas o ar. Engoles o céu.
Choras as nuvens.
É assim, que te sabes.

Cheiras a tua pele. Sentes.
Soltas um grito surdo na noite.
Onde a ilha do teu medo te faz
Acreditar em ti...

E partes de um todo
Juntam-se e refazem-te.
E tudo, e partes e mais...
Até sempre assim.