Passo a mão pelo cabelo.
Tentando acariciar as ideias, os pensamentos.
Encontrar alguma que esteja, ali a mão.
Que esteja a tentar fugir.
Mas nada apanham as mãos.
Nem o cabelo que peca por pouco.
Nem a cabeça que é grande demais.
E sobeja o pouco, parecido com nada.
E as mãos vazias tornam ao colo.
Parecendo vazias, suaves.
Nada é suave nem vazio.
O pouco cheio, é o muito por ter.
As mãos tornam a percorrer vezes sem fim,
O cabelo pelo mesmo caminho.
Ás vezes indo para o pescoço.
Onde o cabelo acaba. E a pele começa.
E ideias de coisas, de loiças, e sobremesas.
De pernil assado, ou torradas barradas
Com manteiga. São ideias. Presentes.
Como os dentes, as unhas, ou os sinais.
E como tantas outras ideias, voam
Pelo meu cérebro complacente,
Enormemente simples e caótico.
As mão não apanham nada.
Consequentemente a cabeça
Guilhotinada pelas ideias da mente
Acalma-se e faz o que deve fazer.
Prende os pelos capilares à pele dormente.
3 comentários:
Sempre gostei dos teus poemas.
Este está fantástico.
Nunca deixes de escrever...deixa-te levar, sempre! Obrigado.
Ahhhhhhhhhhhhhh
Queres é passar a mão pelo pêlo ;)
my butterfly: não tens que agradecer. quem tem que agradecer sou eu, pela força que me dás para continuar. *
marta: e quem não gosta? :P
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