30 dezembro 2010
28 dezembro 2010
26 dezembro 2010
O que é um Mantra
Para contar as recitações, geralmente se utiliza um rosário (sânsc. mala, tib. trengwa / phreng ba) de cento e oito contas. Na prática, considera-se que uma volta do rosário equivale a cem mantras; os oito restantes servem para compensar os mantras recitados distraidamente.
O mantra mais conhecido do buddhismo tibetano é Om Mani Padme Hum (os tibetanos pronunciam Om Mani Peme Hum), associado ao bodhisattva da compaixão, Avalokiteshvara. Nesse mantra, a sílaba Om representa a presença física de todos os buddhas. A palavra sânscrita Mani, jóia, simboliza a jóia da compaixão de Avalokiteshvara, capaz de realizar todos os desejos. A palavra Padme significa lótus, a bela flor que nasce no lodo; do mesmo modo, devemos superar o lodo das negatividades e desabrochar as qualidades positivas. A sílaba Hum, representando a mente iluminada, encerra o mantra.
Os mantras nem sempre possuem um significado claro e muitos deles são compostos por sílabas aparentemente ininteligíveis. Mesmo assim, eles são efectivos porque ajudam a manter a mente quieta e pacífica, integrando-a automaticamente na concentração. Eles fazem a mente ser receptiva às vibrações muito sutis e, portanto, aumentam sua percepção. Sua recitação erradica as negatividades grosseiras e a verdadeira natureza das coisas pode ser reflectida na claridade resultante em sua mente.
Recitamos e meditamos sobre o mantra, que é o som iluminado, a fala da divindade, a união do som com a vacuidade. (...) Ele não possui uma realidade intrínseca, é simplesmente a manifestação do som puro, simultaneamente com a sua vacuidade. Através do mantra, não nos apegamos mais à realidade da fala e do som encontrados no cotidiano, mas os experienciamos como sendo vazios. Então, a confusão do aspecto da fala de nosso ser é transformada na consciência iluminada.
Como actuam os mantras? O som exerce um poderoso efeito sobre nosso corpo e nossa mente. E pode acalmar-nos e dar-nos prazer ou ter influência desarmoniosa, gerando uma sensação subtil de irritação. O mantra é ainda mais poderoso do que um som comum: é como uma porta que se abre para a profundidade da experiencia. Visto que os mantras não têm sentido conceitual, não evocam respostas predeterminadas. Quando entoamos um mantra, ficamos livres para transcender os reflexos habituais. O som do mantra pode tranquilizar a mente e os sentidos, relaxar o corpo e ligar-nos com uma energia natural e curativa.
Em alguns sistemas hindus, diz-se que os mantras são sons primordiais que possuem poder em e por si mesmos. No tantra buddhista tibetano, os mantras não têm tal poder inerente — a menos que sejam recitados por alguém com uma mente focalizada, eles são apenas sons. Porém, para as pessoas com uma atitude adequada, os mantras podem ser poderosas ferramentas que ajudam no processo de transformação.
in Wikipédia
25 dezembro 2010
Quando
Quando eu não te posso ouvir.
Quando eu não sei se te quero ouvir e ver.
Quando eu te quero ver.
Quando eu não quero pensar em ti.
Quando eu não quero pensar em pensar em ti.
Quando eu não quero pensar.
Quando eu quero pensar em ti.
Quando eu não sei se te amo.
Quando eu não sei o que és.
Quando eu não sei se és quem eu amo.
Quando eu sei que te amo.
Quando eu não sei se és só uma paixão.
Quando eu não sei se és uma ilusão.
Quando eu não sei se a ilusão é a paixão.
Quando eu sei que és.
Quando eu não sei ouvir a tua voz.
Quando eu não sei o toque da tua mão.
Quando eu não sei saber que me tocas e falas.
Quando eu sei que me amas.
Quando eu não te vejo.
Quando eu não te quero ver.
Quando eu não te olho sem saber.
Quando eu sei que te vejo.
Quando todas as coisas eu não quero.
Quando tudo é áspero.
Quando eu não quero nada de ti.
Quando eu quero tudo de ti. Espero.
Quando mais vale pensar em tudo menos em ti.
Quando tudo é mais do que tu.
Quando és mais do que eu.
Quando me apetece viver por não te ter.
Quando tu não sabes que não te amo.
Quando tu não sabes que não te quero.
Quando tu não sabes quem eu sou.
Quando tu sabes o que sou eu.
24 dezembro 2010
23 dezembro 2010
22 dezembro 2010
19 dezembro 2010
18 dezembro 2010
12 dezembro 2010
As Aventuras de Sir Monarch - #9
Alphonso acorda. Ainda é de noite. Bianca dorme a seu lado. Ainda bem que estás a dormir, pensa ele antes de se levantar. Veste-se e sai apressadamente do apartamento. Na sua memória a bela Bianca. Guia furiosamente para o hotel, enquanto o dia aclara. Arruma as malas. Está pronto para partir. Praga.
11 dezembro 2010
10 dezembro 2010
Destino
09 dezembro 2010
08 dezembro 2010
As Aventuras de Sir Monarch - #8
07 dezembro 2010
06 dezembro 2010
05 dezembro 2010
28 novembro 2010
Impressive cake
26 novembro 2010
E a minha vontade era pegar em ti
E levar- te a correr pela mão.
Ficar sem folego mas mesmo assim continuar.
E não largar a tua mão.
E a minha vontade era pegar em ti.
A minha mão pegar a tua. Correr sem parar.
A rir. Saltar os buracos, as pedras dos passeios.
Fazer razias aos candeeiros e aos carros.
A minha vontade era pegar em ti.
E pela mão, a minha e a tua juntas, correr.
Não pensar para onde. Apenas correr.
Como duas crianças a brincar.
E a vontade é nenhuma sem ti.
Sem te pegar. Estou aqui a desejar.
Pegar. E a minha vontade de correr
É tanta que penso no ar, em querer pegar em ti.
"A Gaivota" de Anton Tchekhov
Tchekhov começou a escrever A Gaivota em outubro de 1895. Em dezembro de 1895, leu o texto a amigos, actores de teatro em Moscovo. O director do teatro, Kors, também presente, disse: "meu caro, isto não é para o palco!". Tchekhov ficou surpreso e reescreveu a peça. Informou-se sobre pormenores técnicos de encenação com Vladimir Nemirovic-Dancenko. Em agosto de 1896, a censura (todas as obras culturais na Rússia eram censuradas) dá-lhe carta livre. Tchekhov baseou-se no caso de Lika Mizinova para a figura Nina. Trigorin é inspirado em Ignatij Potapenko.
A Gaivota narra os conflitos de um jovem escritor. Os conflitos dos personagens criam uma ligação direta com o espectador ao mesmo tempo em que apresenta uma visão profunda de uma sociedade cada vez mais vulnerável aos males existenciais. A peça representa uma harmonia estética natural, algo incompatível com a frustração encarada pelo personagem central da trama. A poesia é um dos recursos mais utilizados.
A figura central da peça chama-se Treplev é um filho de uma actriz famosa, Arkadina, que ao apresentar sua peça ao ciclo social da sua mãe fracassa duas vezes: a sua peça rejeitada pela elite da arte e pelo seu amor, Nina, e por se ter apaixonando por Trigorin, famoso escritor namorado da mãe de Treplev.
Treplev é um hamlet da comédia, um escritor romântico cheio de mudanças de humor e em permanente conflito interior, ridicularizado ainda mais pelo contraste entre os seus ideiais utópicos e as roupas simples e ridículas que usa, como pretendido por Tchecov, para espanto daqueles que viam na figura de Treplev um herói. Quando ele se decide suicidar, ouve-se um disparo vindo do jardim. Na casa, todos ouviram o disparo e pressentiram o que se passava. É então que Dorn diz: "aquilo foi um frasco de éter que rebentou", uma passagem que siderou alguns dos encenadores.
A 17 de outubro de 1896, A Gaivota foi encenada pela primeira vez, no teatro Alexandre, em São Petersburgo. A peça foi vaiada e Tchekhov deixou o teatro em sobressalto, sem se despedir.No entanto, dois dias depois, quando foi encenada pela segunda vez, foi um sucesso."
in wikipédia
25 novembro 2010
23 novembro 2010
21 novembro 2010
As Aventuras de Sir Monarch - #7
19 novembro 2010
O meu outro eu
15 novembro 2010
13 novembro 2010
11 novembro 2010
Pega em mim e adormece-me
Agarra nos meus pés e arrasta-me pelo chão.
Passa pela porta, e estou morto.
Os teus braços debaixo dos meus, levantam-me.
Deita-me na cama. Está escuro o quarto de noite.
Levanta a alça caída branca da camisa.
Senta-te a meu lado. Tens os pés frios.
Olha para mim, para o meu corpo.
Sente o peso do ar. Respira.
Move a tua mente para a tua mão.
No meu peito ela fica, fria depois quente.
Sente o meu coração. O meu corpo ausente.
Sente. Deita-te a meu lado. Olha o tecto.
Branco. Fecha os olhos. Ali ao lado um ser.
Ao teu lado. De olhos fechados, dorme.
Passa a tua perna por cima das minhas pernas.
Vira-te para mim. Olha a minha orelha.
A pele. As sobrancelhas, o nariz e a boca.
Traz a tua boca para perto. Fala comigo.
Diz-me as tuas palavras.
Tenta acordar-me com elas. Fala com sossego.
Sente a tua alma dançar com as palavras que dizes.
Sobe a tua perna até a minha virilha.
O teu joelho sente a diferença de calor.
Olha para a tua mão que sente o meu peito.
As unhas. Os dedos. A tua mão.
Para de falar. Engole em seco pela primeira vez.
Cheira o meu cheiro no pescoço.
Vê o fundo da cama e a outra perna, e o pé.
Levanta a cabeça. Coloca o teu braço esquerdo
Por baixo do meu pescoço. Junta a tua cabeça
A minha. Sente o meu corpo junto a ti.
O teu corpo junto ao meu. Abraça-me.
Para ti sou teu. Respira o ar quente.
Sente a maneira grande de abraçar.
Que é pouco. Ouve o teu coração bater. Colada a mim.
Não me queres acordar. Só queres que aquele momento não acabe.
08 novembro 2010
06 novembro 2010
Il tempo di vedere su lo specchio
05 novembro 2010
Lumiere Blanche
04 novembro 2010
Tu sonrisa
Jacques Lacan - Biografia
Formado em Medicina, passou da neurologia à psiquiatria, tendo sido aluno de Gatian de Clérambault. Teve contato com a psicanálise através do surrealismo e a partir de 1951, afirmando que os pós-freudianos haviam se desviado, propõe um retorno a Freud. Para isso, utiliza-se da linguística de Saussure (e posteriormente de Jakobson e Benveniste) e da antropologia estrutural de Lévi-Strauss, tornando-se importante figura do Estruturalismo. Posteriormente encaminha-se para a Lógica e para a Topologia. O seu ensino é primordialmente oral, dando-se através de seminários e conferências. Em 1966 foi publicada uma coletânea de 34 artigos e conferências, os Écrits (Escritos). A partir de 1973 inicia-se a publicação de seus 26 seminários, sob o título Le Séminaire (O Seminário).
Pensamento:
A sua primeira intervenção na psicanálise é para situar o Eu como instância de desconhecimento, de ilusão, de alienação, sede do narcisismo. É o momento do Estádio do Espelho. O Eu é situado no registro do Imaginário, juntamente com fenômenos como amor, ódio, agressividade. É o lugar das identificações e das relações duais. Distingue-se do Sujeito do Inconsciente, instância simbólica. Lacan reafirma, então, a divisão do sujeito, pois o Inconsciente seria autônomo com relação ao Eu. E é no registro do Inconsciente que deveríamos situar a ação da psicanálise.
Esse registro é o do Simbólico, é o campo da linguagem, do significante. Lévi-Strauss afirmava que "os símbolos são mais reais que aquilo que simbolizam, o significante precede e determina o significado”, no que é seguido por Lacan. Marca-se aqui a autonomia da função simbólica. Este é o Grande Outro que antecede o sujeito, que só se constitui através deste - "o inconsciente é o discurso do Outro", "o desejo é o desejo do Outro".
O campo de acção da psicanálise situa-se então na fala, onde o inconsciente se manifesta, através de actos falhados, esquecimentos, piadas e de relatos de sonhos, enfim, naqueles fenômenos que Lacan nomeia como "formações do inconsciente". A isto se refere o aforismo lacaniano "o inconsciente é estruturado como uma linguagem".
O Simbólico é o registro em que se marca a ligação do Desejo com a Lei e a Falta, através do Complexo de Castração, operador do Complexo de Édipo. Para Lacan, "a lei e o desejo recalcado são uma só e a mesma coisa". Lacan pensa a lei a partir de Lévi-Strauss, ou seja, da interdição do incesto que possibilita a circulação do maior dos bens simbólicos, as mulheres. O desejo é uma falta-a-ser metaforizada na interdição edipiana, a falta possibilitando a deriva do desejo, desejo enquanto metonímia. Lacan articula neste processo dois grandes conceitos, o Nome-do-Pai e o Falo. Para operar com este campo, cria os seus Matemas.
É na década de 1970 que Lacan dará cada vez mais prioridade ao registro do Real. No seu tópico de três registros, Real, Simbólico e Imaginário, RSI, ao Real cabe aquilo que resiste a simbolização, "o real é o impossível", "não cessa de não se inscrever". O seu pensamento sobre o Real deriva primeiramente de três fontes: a ciência do real, de Meyerson, da Heterologia, de Bataille, e do conceito de realidade psíquica, de Freud. O Real toca naquilo que no sujeito é o "improdutivo", resto inassimilável, sua "parte maldita", o gozo, já que é "aquilo que não serve para nada". Na tentativa de fazer a psicanálise operar com este registro, Lacan envereda pela Topologia, pelo Nó Borromeano, revalorizando a escrita, constrói uma Lógica da Sexuação ("não há relação sexual", "A Mulher não existe"). Se grande parte de sua obra foi marcada pelo signo de um retorno a Freud, Lacan considera o Real, juntamente com o Objeto a ("objeto ausente"), criações suas. in "wikipédia"
03 novembro 2010
BDSM - Inevitável partilha
02 novembro 2010
Adrenaline Junkie
Em maio de 1886, William Bates anunciou o descobrimento da substância produzida pela glândula adrenal no New York Medical Journal. Foi também identificada em 1895 por Napoleão Cybulski, um fisiólogo polaco. A descoberta foi repetida em 1897 por John Jacob Abel. Jokichi Takamine, un químico japonês, descobriu a mesma hormona em 1900, sem conhecimento dos anteriores. Foi sintetizada artificialmente por Friedrich Stolz em 1904.
A palavra adrenalina foi criada pelo cientista que conseguiu isolar este hormônio pela primeira vez, o bioquímico japonês Elissandro Jokichi Takamine, que formou o nome em questão tomando o nome dos rins, sobre o qual se situam as glândulas secretoras, como já mencionado. Utilizou então ad- (prefixo que indica proximidade), renalis (relativo aos rins) e o sufixo -ina, que se aplica a algumas substâncias químicas (as aminas).
Quando lançada na corrente sanguínea, devido a quaisquer condições do meio ambiente que ameacem a integridade física do corpo (fisicamente ou psicologicamente, stress), a adrenalina aumenta a frequência dos batimentos cardíacos (cronotrópica positiva) e o volume de sangue por batimento cardíaco, eleva o nível de açúcar no sangue (hiperglicemiante), minimiza o fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal enquanto maximiza o tal fluxo para os músculos voluntários nas pernas e nos braços e "queima" gordura contida nas células adiposas. Isto faz com que o corpo esteja preparado para uma reação, como reagir agressivamente ou fugir, por exemplo.
Afeta tanto os receptores beta¹-adrenérgico (cardíaco) e beta²-adrenérgico (pulmonar). Possui propriedades alfa- adrenérgicas que resultam em vasoconstrição.
A adrenalina também tem como efeitos terapêuticos a broncodilatação, o controle da frequência cardíaca e da pressão arterial, dependendo da dose. Na anestesia local é utilizada como coadjuvante, causando vasoconstrição para perdurar o efeito do anestésico, visto que uma área menor de vaso sanguíneo degradará menos o fármaco. "in wikipédia"
01 novembro 2010
A tua boca na minha
Com a vontade na boca.
Mataste a sede, deste de beber.
Prendeste-me suavemente.
A tua boca de veludo quente
Envolveu-me por completo.
Atirou-me ao chão. Tu e eu
Sós em qualquer tempo e espaço.
E tive a vontade carnal de te possuir.
De te agarrar nos cabelos. Um beijo no pescoço.
De cheirar a tua pele. Apalpar-te o ventre.
Olhar nos teus olhos...
Ver-me, ao frio colado a ti.
E uma música aparece. Clássica.
Onde as cordas dos violinos fazem som.
A nossa respiração parece só uma.
31 outubro 2010
Mais um dia...
Ilusão. Indecisão. Desejo.
A realidade de mim. A tua realidade. Hoje deste-me um beijo. Inesperado. Quero mais. Inclinei-me na mesa e roubei-lhe outro. Quero mais...
Dá-me assim. Desprendido.
Desamarra-me. Desamarraste-me
O nó. Um deles. De marinheiro.
Pelas tuas ondas de mulher.
A minha pele segura a tua.
Prendido entre a tua boca
E a minha mente.
A tua mente onde está?
Sou um ladrão que tem
Perdão. Que agarra o
Teu ser com o ar, o vento.
E sou. Como tu és.
Suave como nada.
Terna como água.
Tu como sabes. Sei.
Tudo como sabemos.
Resposta em tempo útil:
"Ali estava eu sentada na mesa
Tu a minha frente
Com tudo para dizermos
Com tudo para sentirmos
Mas não passavam de lamentos das nossas
Vidas
Isso.... lamentos
Nada mais que isso
Sabemos. A procura de tudo e nada
Mas a vida é isso mesmo, um mundo
Cheio de tudo e nada.
No meio da conversa um beijo....
Algo que não estavamos a espera
Nada suave.... um beijo apenas cheio
De urgência
Urgência de encontrar o nosso outro eu.
Da noite ficou....
Bem da noite ficou o beijo e conversas
de sexo."
28 outubro 2010
Como me sinto...
26 outubro 2010
25 outubro 2010
Palco 2
Palco 1
16 setembro 2010
12 setembro 2010
10 setembro 2010
Custa-me respirar
Nem pensar me custa porque não penso. Não quero.
Doí quando penso...
E quero.
O jantar foi um prato vazio.
Imaculado. Branco.
Respiro lentamente.
Sem nada que me prenda aqui.
Sem cordas ou algemas.
Prende o coração alguma coisa.
Intangível. Imaterial.
Não palpável.
E respiro lentamente.
Tão lentamente que o que sinto
É anestesiado pelo bater lento.
O desaparecimento.
Morde-me. Arranca-me a carne.
Rasga-me a pele. Faz-me existir.
De paixão gritar e fugir e chorar.
Mata-me para viver.
Educa o meu corpo. A minha mente.
Faz um beijo parar o meu coração.
Faz um abraço soltar o meu choro.
Um olhar parar o tempo.
Um copo de água translúcida.
Foi o que bebi. Alguns Dunhill.
Janela aberta. As letras aqui.
E o grito que me fazes não gritar, grito.
E o medo. O infinito e infame medo que me invade.
Nojo de mim. Repulsa-me eu. Nada eu sou.
Sou nada. E nada é uma matéria escura. Invisível.
Ali onde se escondem as almas.
05 setembro 2010
Indeciso
Este texto soa-me a bafio. A frases feitas. A realidade é muito mais complexa. As pessoas são muito mais complexas do que pensamos. O que faz com que por vezes as indecisões que temos não são de facto, consequentes com a realidade. Quanto mais conhecermos o outro, mais fácil se torna a decisão.
02 setembro 2010
01 setembro 2010
Desilusão
30 agosto 2010
Um segundo na minha vida
Tento cheirar o teu cheiro
Alcançar o que deixas cair das tuas mãos.
Enquanto andas. E quase sinto os teus cabelos
Na minha cara.
Tento tocar a tua pele.
Fechar os olhos e sentir-te.
A pele. Respiro fundo.
Vivo o ar que entra em mim.
Tento tocar o teu coração.
Suavemente...
Levemente...
Sentindo o que dás.
Tento tocar o teu corpo.
Só. Mar. Céu. Terra. Fogo.
Uma brisa marítima. Um.
Irreal.
29 agosto 2010
28 agosto 2010
25 agosto 2010
23 agosto 2010
22 agosto 2010
A intangibilidade
20 agosto 2010
19 agosto 2010
Entra na minha cabeça e pinta-a com cores
Faz um arco íris cerebral. Arranha-me o cérebro
Com as tuas unhas. Latente.
Sopra um vento fresco para dentro de mim.
Faz-me explodir o corpo. Espalha-me pelo chão.
Apanha os pedaços de mim e junta-os.
Limpa o meu sangue do chão.
Uma gargalhada soltasse da tua voz.
O meu corpo tenta falar. De uma forma
Qualquer. Com um sentido uniforme.
Disforme. Perdido em convulsões e
Espasmos fisícos. Olhas atenta com a cabeça de lado. Esquerdo.
Tudo é pouco e demasiado.
O som do vento entra nos meus ouvidos.
Invisível o vento. A sua cor.
Sopra o vento…
15 agosto 2010
Agartha
Shambhala, não necessariamente entendida como um reino subterrâneo, no imaginário do budismo e do hinduísmo, dentre outros, acha-se associada ao axis mundi, ou eixo primordia mitológico de um povo ou cultura, sendo uma das oito cidades sagradas localizadas em quarta dimensão, como entende a tradição ocultista, baseada principalmente em textos do hinduismo, budismo e taoismo.
A partir desse reino mítico, um monarca chamado Melki-Tsedeq, ou Melquisedeque, governaria o mundo. Este misterioso personagem é citado na Bíblia (Gên. 14:18-20 e Heb 6:17-20 e 7:1-3). No Budismo tibetano crê-se que haveria canais de ligação entre Shambhala e o reino budista (no exílio na Índia desde a ocupação chinesa comunista de 1950) dos Dalai Lama.
A ocultista russa Helena Petrovna Blavatsky, que apresenta ao ocidente farto e rico material filosófico das escolas orientais no final do século XIX, associa Shambhala a um destino escatológico: seria o berço do Messias que apareceria para libertar a Terra antes do fim do Kali Yuga, ou ciclo de destruição de mundos. Tal reino seria mencionado nos Puranas, coleção atribuída ao Vyâsa ("compilador") Krishna Dwaipâya, autor do grande épico hindu Mahabharata, sânsc. Mahābhārata.
Em toda a Ásia Menor, não somente no passado, mas também hoje, acredita-se na existência de uma cidade de mistério, cheia de maravilhas, conhecida como Shambhala, ou Shamb-Allah, ou, entre os povos tibetano e mongol, Erdami. Na China, no panteão do taoismo, é considerada a residência da Mãe Sagrada do Oeste, que o budismo chinês depois associa a Kuan Yin ou Guan Yin, e o japonês a Kannon, divindade da misericórdia, advinda da representação indiana original de Avalokiteshvara, "O que olha para baixo" (em socorro dos seres), Cherenzig no Tibete.
O explorador polonês Ferdinand Ossendovski, no início do séc. XX, refere-se ao reino de Agartha, crença provavelmente inspirada na cidade mitológica de Shambhala, como um reino habitado por milhões de indivíduos, governados por Rigden Jyepo (tib.), soberano ou rei do mundo. No livro Bestas, Homens e Deuses, Ossendovski, que ouviu várias histórias ao viajar pela Ásia Central, faz referências a Agartha, mostrando que o povo oriental crê em tal fato, especialmente os tibetanos, mongóis e chineses. Toda a natureza se calaria para louvar o rei do mundo em suas manifestações no plano físico.
No final do século XIX, o marquês Saint-Yves D'Alveydre viajou pela Índia e arredores e ouviu relatos semelhantes, que registrou na obra Missão da Índia.
Entre as raças da humanidade, desde o alvorecer dos tempos, existe a tradição de uma terra sagrada ou paraíso terrestre, onde os mais elevados ideais da humanidade são realidades vivas. Este conceito é encontrado nos escritos mais antigos e nas tradições dos povos da Europa, Ásia Menor, China, Índia, Egito e Américas. Esta terra sagrada poderia ser conhecida por pessoas merecedoras, puras e inocentes, razão pela qual constitui o tema central dos sonhos da infância.
O caminho para essa terra abençoada, este mundo invisível, domínio esotérico e oculto, constitui a motivação principal e a chave-mestra de ensinamentos misteriosos e sistemas de iniciação. Essa chave mágica é o Abre-te, Sésamo! que destranca as portas de um mundo novo e maravilhoso. Os antigos Rosacruzes a designavam pela palavra vitriol, combinação das primeiras letras da frase vista interiora terrae retificando invenes omnia lapidem, para indicar que "no interior da Terra está oculto o verdadeiro mistério". O caminho que conduz a este mundo oculto seria o da iniciação.
Na Grécia antiga, nos Mistérios de Elêusis e pelo Oráculo de Delfos, esta terra celestial era chamada de Monte Olimpo e de Campos Elísios. Também nos tempos védicos primitivos era chamada por vários nomes, tais como Ratnasanu (pico da pedra preciosa), Hermadri (montanha de ouro) e Monte Meru, lar dos deuses no Hinduísmo.
A compilação dos Eddas, textos islandeses referentes à mitologia nórdica, também menciona esta cidade celestial, que ficava na terra de Asar, dos povos da Mesopotâmia, terra de Amenti do Livro Sagrado dos Mortos, dos antigos egípcios, a cidade das Sete Pétalas de Vixnu e a Cidade dos Sete Reis de Edom, ou Éden da tradição do judaismo. Em outras palavras, o paraíso terrestre.
Os persas denominam-na Alberdi ou Aryana, terra dos seus ancestrais. Os hebreus chamam-na Canaã e os mexicanos Tula ou Tolan, enquanto os astecas chamavam-na de Maya-Pan. Os conquistadores espanhóis que vieram para a América acreditavam na existência de tal cidade e organizaram muitas expedições para procurá-la, chamando-a de El Dorado, Eldorado, ou "Cidade do Ouro". Provavelmente souberam a seu respeito pelos aborígenes que a a ela se referiam como Manoa ou "Cidade Cujo Rei se Veste com Roupas de Ouro".
Para os celtas, esta terra sagrada era conhecida como "Terra dos Mistérios", Duat ou Dananda. Uma tradição chinesa fala de uma Terra de Chivin ou Cidade das Doze Serpentes.
Na Idade Média estava associada à Ilha de Avalon e à saga dos Cavaleiros da Távola Redonda, que, sob a liderança do Rei Arthur e a orientação do mago Merlin, empreendiam a busca do Graal ou Cálice Sagrado, símbolo da obediência, da justiça e da imortalidade, e que teria sido usado na última ceia de Jesus com os apóstolos e, após a crucifixão, contido o sangue do "golpe de misericórdia" dado pelo soldado Longino e guardado pelo devoto José de Arimatéia.
13 agosto 2010
12 agosto 2010
11 agosto 2010
09 agosto 2010
O sono que tenho
Por mim passa
05 agosto 2010
03 agosto 2010
Piet Mondrian - Biografia
Nascido em ambiente rural com clima de fazenda e sítio, Piet Cornelis Mondrian vinha de uma família calvinista extremamente religiosa. Seu pai, um pastor puritano, desejava que o filho seguisse a carreira clerical. A religião marcou o jovem Piet e o sentimento metafísico iria permear sua obra durante toda a vida, em maior ou menor grau.
Tendo um tio que trabalhava com pintura, interessou-se pela carreira artística, mas foi obrigado a enfrentar a visão ortodoxa da família, que via na arte um caminho para o pecado. Vê, porém, na possibilidade de dar aulas uma resolução ao seu dilema: prometeu ao pai estudar artes, tornando-se um professor.
Insatisfeito com o magistério, Mondrian sente a necessidade de libertar-se e estabelecer-se como pintor, mas teme enfrentar ao pai (que de antemão desaprovava a idéia) e a si mesmo, tal o peso de sua formação religiosa. Quando entra em contato com a teosofia, porém, encontra em seu ideário uma resolução para o problema: a doutrina pregava o trilhar de um caminho evolutivo pessoal e a arte encaixava-se neste caminho. O contato com a teosofia irá manifestar-se no trabalho de Mondrian e marcará sua vida profundamente daí em diante.
Piet Mondrian começou a sua carreira como caminhoneiro ao mesmo tempo que ia praticando a sua pintura. A maior parte do seu trabalho deste período é influenciada pelo naturalista ou impressionista. No museu Gemeente, em Haia, estão expostos vários trabalhos deste período, incluindo exemplares pós-impressionistas tais como "O Moinho Vermelho" e "Árvores ao andar". (O museu também tem exemplos do seu trabalho geométrico posterior).
Após entrar em contato com a teosofia, Mondrian passa por um breve período simbolista, mas que lhe será fundamental para que atinja a abstração. Este período costuma-se confundir com a radical abstração que caracterizaria o resto de sua obra, já revelando uma certa tendência à geometrização e à síntese da realidade. Além do pensamento espiritual calcado na busca de uma essência matemática e racional para a existência que caracteriza a teosofia, Mondrian também exibiu um interesse quase obsessivo pelo jazz – pela identificação de sua alegria contagiante com o ritmo irregular que, ele também, possuiria um fundamento matemático.
Em 1913, visitou uma exposição cubista em Amsterdão que o marcou profundamente e teve grande influência no seu trabalho posterior.
A partir de 1917 até a década de 1940 desenvolve sua grande obra neoplástica.
Essa fase de sua obra, a mais popularmente difundida, se caracteriza por pinturas cujas estruturas são definidas por linhas pretas ortogonais (o uso de diagonais induziria a percepção a ver profundidade na tela e motivou o rompimento de sua amizade com Theo Van Doesburg). Essas linhas definem espaços que se relacionam de diferentes modos com os limites da pintura, e que podem ou não serem preenchidos com uma cor primária: amarelo, azul e vermelho, decisão que mostra sua estreita relação com as teorias estéticas da Bauhaus e da Escola de Ulm, e que definem pesos visuais diferentes para esses espaços. O blocos de cor, pintados de modo fosco e distribuidos assimetricamente, reforçam a idéia de um movimento superficial que se estende perpetuamente, indicando que o pintor investia na percepção de sua obra como uma abstração materialista e sem profundidade, criticando a pintura histórica enquanto produzia uma abstração racionalista, espiritualista e sobretudo concreta do mundo. Sua obra, muitas vezes copiada, continua a inspirar a arte, o design, a moda e a publicidade que a apropriamcomo design, sem necessariamente levar em conta sua fundamental e filosófica recusa à imagem.
O seu quadro "Broadway Boogie Woogie", que pode ser visto no Museu de Arte Moderna de São Francisco, pertence à fase posterior ao Neoplasticismo, quando Mondrian se liberta das regras que ele próprio se impôs.
in "wikipédia"
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Minimalismo
Uma das principais influências desta corrente foi o pintor suprematista Kasimir Malevitch e as suas criações artísticas abstractas que levavam ao limite a simplificação geométrica.
O artista minimalista mais representativo foi o pintor Frank Stella, conhecido pelas suas pinturas austeras, constituídas por linhas e riscas de cor, paralelas, e pelas formas variadas e irregulares, embora geralmente simétricas, dos quadros.
Embora tenha começado na pintura, a Arte Minimalista conheceu o seu maior desenvolvimento na escultura. Os escultores usam normalmente processos e materiais industriais, como aço, plástico ou lâmpadas fluorescentes, na produção de formas geométricas, explorando as relações espaciais e a capacidade de a escultura interagir com o espaço envolvente, apostando na experiência corporal do próprio espectador.
Destacam-se as obras de Donald Judd, com as suas caixas uniformes em madeira, metal ou acrílico, pintadas com cores fortes, de Dan Flavin, com esculturas produzidas com tubos de luz fluorescente, de Sol LeWitt, com as construções em cubos e pinturas geométricas e de outros artistas como Robert Morris, Carl André, Richard Serra e Yves Klein.
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Touro Sentado, (em dacota: Tatanka Iyotake ; na ortografia padrão do dacota: Tȟatȟáŋka Íyotake ; em inglês: Sitting Bull ; também conhecido...
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