Tenho uma cama a minha frente.
Na cama estás tu, nua. Tapada.
Num quarto qualquer.
Numa cidade qualquer.
E outro eu que já não sou,
Destapo-te. Olho para ti.
Deito-me ao teu lado.
Abraço-te. Agarro-te.
Estás a minha frente.
O meu dedo percorre
A tua sobrancelha,
Até ao teu pescoço.
A minha mão puxa-te
De contra mim.
O teu cheiro e o meu,
O teu gosto e o meu.
Tenho um espelho a minha
Frente. Eu.
Na memória uma cama.
E tu deitada, nua. Destapada.
4 comentários:
Belo este poema.
Parabéns.
«...enquanto Foi preciso.»
*
Clap clap...
Fantástico.
Beijos
Amei. Não consigo arranjar outra palavra para adjectivar.
*
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