Impressiono-me com o tempo que foge por mim.
Com as imagens em papel largo que passam
Em volta do meu corpo físico.
Como se de grandes cartazes se tratassem.
E não vejo a hora de os rasgar
Ou que os retirem de circulação.
São imagens que relembro difusas.
Esbatidas. Entre nitidas horas.
Foge por mim. E não de mim.
Ladeia-me. Circunda-me.
Envolve-me. E o tempo não é
Senão, mais nada que imagens.
O tempo passado. O presente,
É nitido. E sem braçadeiras nunca irei
Saber como nadar nele. Mas nunca
Me afogarei.
Parece que ainda não sei viver
Nas águas do tempo de hoje.
Retiro-me para terra.
Retiro-me do tempo.
1 comentário:
Talvez o sinta fugir assim porque tu próprio páras no tempo. Não te deixes ficar. Avança. Aproveita ao máximo a vida!
Bjs
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