Arranha céus a cair de podre...
Um céu escuro de côr castanha.
Um mar de gente esfomeada a seus pés.
Cheira a pobreza. A fome.
Agonio-me. As ruas imundas que piso são esgotos.
As caras tristes e famintas atropelam-me.
Ninguém me olha nos olhos. Olham para o chão.
E como zombies andam por ali.
Tudo organizado. Tudo com um sentido.
O caos é gritante. Tudo é um frame de filme.
Como se fossemos aliens de nós.
Complica-se a fotografia.
O enquadramento é mau.
A luz é mediocre. Os actores sofriveis.
O realizador não realiza.
Seres rastejantes conquistam o seu espaço.
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