Por entre as couves e as nabiças,
Damos as mãos e cheiramos a terra.
Explode em nós o corpo do outro.
E por momentos não estamos ali.
Estamos os dois num lugar vazio.
Nem escuro, nem branco.
Só os dois, a experimentar os sentidos.
O olhar, o riso, o beijo, o sentir o vento na pele.
Olhamos nos olhos o amor que temos.
E certo de querer no teu corpo a minha boca,
Levo-a a percorrer-te toda. Provo-te.
E sinto-te com as minhas mãos todos os lugares de ti.
E ali, por entre as couves e as nabiças,
Inflijo o golpe de amor feito em ti.
Certo de que és o amor que eu quero,
Amo-te.
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