A minha cidade tem ruas com cheiro a mim.
Fazem parte de mim, da vida que passou.
Do presente e do futuro que já não verei.
Mas ela também sou eu.
E é bom estar nela.
Passear por entre as suas entranhas.
E ver como é.
E amar as pedras do alto do castelo.
E amar os telhados. E amar os quadrados
Das ruas. Traçadas a régua e esquadro
Pelo mestre que com o compasso
Amou o fruto da sua criação.
E vivo nela. Gosto do frio.
Da noite. Dela eu gosto.
Acolhimento maternal
Dado pelas pedras gastas.
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