
25 fevereiro 2008
A sensação de ter sido perdido
A sensação de ter sido perdido.
De ser um qualquer objecto
Que se afundou com um
Qualquer barco a deriva.
Parece que o mar não tem fundo.
A imensidão de água faz-me pensar
Que estou no espaço sideral.
Mas sem estrelas para contar.
Tomara que houvera batido
No fundo do mar, na areia
Branca. E suavemente
Imobilizado pela terra.
Perco-me em horas e segundos.
Saltando os minutos para que
Ao saltar, os possa guardar
Para mim. Somando-os.
De ser um qualquer objecto
Que se afundou com um
Qualquer barco a deriva.
Parece que o mar não tem fundo.
A imensidão de água faz-me pensar
Que estou no espaço sideral.
Mas sem estrelas para contar.
Tomara que houvera batido
No fundo do mar, na areia
Branca. E suavemente
Imobilizado pela terra.
Perco-me em horas e segundos.
Saltando os minutos para que
Ao saltar, os possa guardar
Para mim. Somando-os.
19 fevereiro 2008
As fragrâncias que cheiram bem
As fragrâncias que cheiram bem
Tomam o meu cheiro por refém.
Elas fluem pelo ar natural
Intimando cada um de nós a cheirar.
E como o sinal do sino,
Como o trovejar do trovão,
As fragrâncias que cheiram bem
Entranham-se corporalmente.
Cheiremos. Cheiremos o cheiro
Da noite, do mar, do amor...
De costas voltadas para o belo
Resta-nos cheirar a sua pureza.
Resta-nos sentir o que não podemos negar.
Conquistar os caminhos das framboesas.
Passear os pés pelo campo e absorver
O cheiro cultural da terra lavrada.
Tomam o meu cheiro por refém.
Elas fluem pelo ar natural
Intimando cada um de nós a cheirar.
E como o sinal do sino,
Como o trovejar do trovão,
As fragrâncias que cheiram bem
Entranham-se corporalmente.
Cheiremos. Cheiremos o cheiro
Da noite, do mar, do amor...
De costas voltadas para o belo
Resta-nos cheirar a sua pureza.
Resta-nos sentir o que não podemos negar.
Conquistar os caminhos das framboesas.
Passear os pés pelo campo e absorver
O cheiro cultural da terra lavrada.
11 fevereiro 2008
Uma silhueta elevada
Uma silhueta elevada.
Força estática. Parada.
E um momento é o tempo.
És a preto e branco.
Uma estátua com vida
Que dança pelo palco.
Um corpo humano que
Respira e se mexe.
Simplicidade, calma.
Uma estética.
Olho para ti e vejo
O devir que és.
Para além de tudo és.
E soltas o corpo.
Danças.
Serves o corpo. A vida.
Força estática. Parada.
E um momento é o tempo.
És a preto e branco.
Uma estátua com vida
Que dança pelo palco.
Um corpo humano que
Respira e se mexe.
Simplicidade, calma.
Uma estética.
Olho para ti e vejo
O devir que és.
Para além de tudo és.
E soltas o corpo.
Danças.
Serves o corpo. A vida.
05 fevereiro 2008
Lembro-me do trigo amarelo...
Lembro-me do trigo amarelo
Junto á estrada.
Tira-me a cabeça.
Arranca-me esta caixa de memórias.
Lembro-me da figueira no quintal.
Das pedras do seu muro, e da porta
Enferrujada que dava para o poço.
Lembro-me do calor.
Apetece-me um...
Venho acabar este poema
Depois de apagar o cigarro
Que vou fumar.
Passaram mais ou menos cinco
Minutos. Mais ou menos.
Sonho. Escrevo o que vou fazer.
Morro. Um truque.
Junto á estrada.
Tira-me a cabeça.
Arranca-me esta caixa de memórias.
Lembro-me da figueira no quintal.
Das pedras do seu muro, e da porta
Enferrujada que dava para o poço.
Lembro-me do calor.
Apetece-me um...
Venho acabar este poema
Depois de apagar o cigarro
Que vou fumar.
Passaram mais ou menos cinco
Minutos. Mais ou menos.
Sonho. Escrevo o que vou fazer.
Morro. Um truque.
Toma este recado pomba
Toma este recado pomba.
Toma as letras no bico.
Toma esta cruz pomba.
Sê a mensageira da tristeza.
Voa para lá pomba.
Longe da vida pomba.
Larga por aí o recado.
Encontra quem o leia.
Vai com graça pomba.
Com estilo e vigor pomba.
Castiga-me com o teu voar.
Impedem-me de ficar.
Leva este recado pomba.
Fala de mim pomba.
E depois de voares vai para o céu,
Para onde todas as pombas vão.
Toma as letras no bico.
Toma esta cruz pomba.
Sê a mensageira da tristeza.
Voa para lá pomba.
Longe da vida pomba.
Larga por aí o recado.
Encontra quem o leia.
Vai com graça pomba.
Com estilo e vigor pomba.
Castiga-me com o teu voar.
Impedem-me de ficar.
Leva este recado pomba.
Fala de mim pomba.
E depois de voares vai para o céu,
Para onde todas as pombas vão.
03 fevereiro 2008
John Cage - 4'33''

Já devem ter ouvido falar na composição que ele escreveu para orquestra em que não se ouve uma única nota. Aparentemente, ele escreveu esta peça porque tem a duração de 4 minutos e 33 segundos, o que prefaz exactamente 273 segundos. Agora se eu lhes disser que o zero absoluto é -273 oC.
O zero absoluto é uma medida física e quando acontece a matéria não liberta energia nem recebe.
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