17 junho 2009

Stanislavski e o Método

Ação Física Na maturidade, o mestre russo defendia a importância do Método da Acção Física. Para se compreender o método, tem-se primeiro de entender a acção física. Ela baseia-se numa premissa de que toda a emoção flui independente da vontade - a menos que o actor possa sobre ela exercer total controle, assim como se tem sobre o corpo. Dominando-se ambos, a vontade passa a controlar emoções como os movimentos somáticos. Para tal, são feitos exercícios em que a memória emocional é evocada, algo que Stanislavski desenvolveu como ferramenta de ensaio ou técnica de pesquisa. No final, há apenas o corpo, sob total controle. A interacção entre actor e director passam, portanto, pelo desenvolvimento da melhor forma de desempenho, que se procura obter durante os ensaios.
Acção Psicofísica
Stanislavski começou a desenvolver as suas técnicas no começo do século XX e, no princípio, ele enfatizava os aspectos interiores para o treino do actor. Por exemplo, os vários modos de contacto com o artista são inconscientes. Mas, por volta de 1917, ele começou a olhar cada vez mais para a acção propositada, onde a acção é intencional e não intuitiva, naquilo que denominou de ação psicofísica (uma acção tem o seu propósito e ela é quem conduz ao sentimento). Um dos seus alunos notou a mudança e anotou numa de suas conferências: Considerando que a acção tinha sido ensinada previamente como a expressão de um "estado emocional" previamente estabelecido, é agora a acção quem predomina e é a chave para determinar o psicológico. Em lugar de ver as emoções conduzindo a acção, Stanislavski passou a acreditar que era o contrário que ocorria: a acção propositadamente representada para chegar aos objetivos do personagem era o caminho mais directo para as emoções.

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