07 janeiro 2007

À margem

Sempre à margem, como uma pedra.
O rio passa decorando a minha vida.
O frio do tempo e o chorar marcam
a minha pele. Que envelhece...

O tempo passa mais depressa
que a água. E sou uma pedra.
Ser estático. Animado somente
por quem me apanha.

Sou um cadáver que ainda não
morreu.
Sou aquilo que já sei.
Sou o viver de morrer.

Para a morte desde o início.
Desde sempre que o sei.
É para lá que vou.
Até lá...

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