15 novembro 2013

O infinito

E com a urgência de escrever, começo por onde fiquei. Um traço, um terço que não sei rezar. E como chamar? Nem eu sei, dissecar e explicar, e fantasiar. E mensurar a ideia do que penso. A ideia do que penso é um infinito de coisas ocas, maiores que tudo. Só o ar, possivelmente, se compara. O vazio do ar. A grandiosidade desse espaço que não se pode tocar. Só sentir, que existe quando há vento.
Uma volta, duas voltas, até ser impossível de as contar. Infinitas voltas, de pensares ocos. Tudo infinitamente louco. 
As coisas estão todas nos seus sítios. Porque se não estivessem, nos seus sítios, estavam nos seus sítios. O sitio de todas as coisas, é em todo lado. É ai que estão e ficam as coisas. É no espaço infinito e imaterial, que me sinto bem. Á deriva por entre as incertezas, pelo desconhecido. Tudo, não tem que ser certo e realisticamente, ordeiro. Se o amor é incerto e incompreensível, nada pode ser claro. A racionalidade não a quero para nada. A racionalidade, é uma religião como outra qualquer. O vazio, o ser oco, o ar, a imaterialidade de tudo, a incerteza, são o que existe.
Tudo o mais é um caminho de defesa. Tudo organizado, bem fundamentado, racionalizado. Fico com a parte oca. A parte obscura, que não se vê. O que não se pode com as mãos apanhar, e guardar.