23 dezembro 2011

Amargo e doce...

Está frio. Esta casa é fria de inverno e quente de verão.Como é normal em todas as casas, sim. Mas esta particularmente pela sua estrutura, e localização, é fustigada ainda mais. E é nesta casa agora fria, que me deito e levanto todas as noites. Sou forte para aguentar o frio e o calor. Mas há alturas poucas, em que demonstro a minha fragilidade, aos outros. Estou numa dessas alturas. Tento, disfarçar a tristeza, a amargura das coisas menos boas, com um pensamento positivo sobre o amanhã que não conheço. Deitar a cabeça na almofada e adormecer a pensar na defesa do meu guarda redes preferido, ou num sorriso, um olhar, uma frase. E pensar que ao dormir e talvez sonhar com coisas boas, o amanhã seja cheio de luz. Rir, e ser estúpido. E como sou muito fechado em relação aos meus sentimentos, quer sejam eles, bons ou maus, nem sempre os outros corpos mortais me sabem ler. Sei quem me lê como ninguém. E sei que me lêem, sem eu saber que sabem. E ao não saber não me causa impressão no mau sentido. Ainda bem que é assim. Gosto de surpresas. E de surpreender. Estou a passar uma fase de várias mudanças, ao mesmo tempo. Quer a nível pessoal e de trabalho. Nada na minha vida, começa e acaba em conjunto. Tudo se desenvolve ao mesmo tempo. Outras realidades de mim, entrelaçam-se como o ADN, A meio de uma, tenho o fim de outra, ou o inicio de outra. Sempre fui muito realista e duro comigo mesmo com as consequências de tudo o que faço e que me atingem negativamente, ou não. Está feito, Zé foste tu que quiseste. Quiseste, pudeste e desejaste que assim fosse. É.
Um dia destes como uma amiga minha diz, caiu-me a ficha. Subi, subi, subi... e o ar começou a esvaziar o balão, que via tudo de cima. Aterrei suavemente. Mas a ficha tinha caído. Consiga eu não cair mesmo. Tento que não me vejam como sou realmente. Muito emotivo. Entre outros atributos. Defeitos e feitios. Como disse hoje, estou em piloto automático. Auto infligi a mim mesmo um estado de calma. Serenidade, para que as coisas se passem, melhor. Deixo de lado, propositadamente um tema, o do coração. Só eu sei o que ele sente. Verdade, verdade, não sou, só eu..

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