05 setembro 2010

Indeciso

Tentando ser o mais breve possível, vamos despachar a parte enfadonha da questão. Indecisão - a causa da decisão. Tomada de uma decisão - a consequência de uma indecisão. E agora a parte engraçada da coisa. Uma indecisão pode não ter como consequência uma decisão. Tomemos como exemplo a morte. Se estou indeciso quanto a se há vida para lá da morte, levarei esta indecisão até ao fim dos meus dias. Se se provar enquanto estou vivo que há vida para além da morte, não tomarei nenhuma decisão. Alterarei sim uma indecisão por uma realidade. Como se pode constatar não é assim tão fácil prespectivar o tema. As indecisões morais são a meu ver as mais difíceis de ultrapassar. As indecisões momentâneas do dia a dia, são mais ou menos fáceis de tomar. E agora a pergunta que me faço. O que é a moral? Podem pesquisar, mas desde já adianto que para mim a moralidade é neste momento que escrevo, uma caixa cheia de enganos e mistificações. A minha consciência é a minha moral. Se fico indeciso com algumas decisões morais? Sim. E todas as decisões são aceites por mim mesmo antes de as tomar. Quando tenho que tomar decisões, em que exista uma segunda pessoa aí a face do papel fica menos nítida. É muito mais complicado tomar uma decisão em que sabemos que irá afectar uma segunda parte. Por isso mesmo ficamos indecisos. Depois de tomada uma decisão tento não voltar atrás. Por muito que me custe. Tento.
Este texto soa-me a bafio. A frases feitas. A realidade é muito mais complexa. As pessoas são muito mais complexas do que pensamos. O que faz com que por vezes as indecisões que temos não são de facto, consequentes com a realidade. Quanto mais conhecermos o outro, mais fácil se torna a decisão.

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