01 setembro 2010

Desilusão

A ilusão leva a desilusão. A desilusão é consequência da ilusão. Estas duas frases retratam como, comummente é realizada a relação entre desilusão/ ilusão. Ou vice-versa. Muitos escritores e pensadores tem reflectido sobre a desilusão. Quase todos impelem a desilusão como filha da ilusão. Como fugir a desilusão? Não nos iludirmos. A forma lógica e racional, e diria eu mais económica.
Reflictamos sobre a causa da desilusão, a ilusão. Já por si uma ilusão não é uma coisa real. É uma coisa ilusória. Que nos ilude o pensamento. Diferente de coisa irreal. Que poderemos tomar como não real. Não real não significa que não existe. Somente que num certo momento e espaço, não é. Um segundo basta. Ou que seja de dificil discernimento, fazendo a realidade parecer irreal.
A desilusão é uma consequência de uma coisa não real então? Aqui a estrada toma diversos caminhos. Quando se diz que tal pessoa nos desiludiu com determinda acção, tomamos para nós, que estavamos iludidos por essa pessoa anteriormente. Quando nos deparamos com um amor ou paixão que acaba, a ilusão passa a desilusão. A consciência de nós em todos os aspectos da vida é uma arma que nos possibilita com o acesso a razão interior, ao nosso mais profundo ser, identificar a ilusão ou a realidade. A realidade essa sim é difícil de identificar. Não tomar neste caso a realidade com uma parte de nós, em que não existem sentimentos. Existem. Reais. Não ilusórios. A realidade não é ilusória. Não te iludes com uma pedra, ou com o mar. É real.
Pode a desilusão ser util? Pode. Tomamos consciência do que foi ilusão e não real. Apreendemos a experiência e sublimamos as atitudes, pensamentos, acções.
O ser humano é eficiente no que toca a se defender das acções que contra ele são tomadas. O acto de nos iludirmos é propositado? Conscientemente aceite?

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