19 julho 2010

Minimalismo

Surgido como reacção à hiperemotividade e ao Expressionismo Abstracto que dominou a produção artística da arte nos anos 50 do século XX, o Minimalismo, que se desenvolveu no final dos anos 60 prolongando-se até à década de 70, apresenta a tendência para uma arte despojada e simples, objectiva e anónima. Recorrendo a poucos elementos plásticos e compositivos reduzidos a geometrias básicas, procura a essência expressiva das formas, do espaço, da cor e dos materiais enquanto elementos fundadores da obra de arte. Para caracterizar este movimento artístico pode empregar-se o célebre aforismo do arquitecto Mies Van der Rohe "menos é mais".
Uma das principais influências desta corrente foi o pintor suprematista Kasimir Malevitch e as suas criações artísticas abstractas que levavam ao limite a simplificação geométrica.
O artista minimalista mais representativo foi o pintor Frank Stella, conhecido pelas suas pinturas austeras, constituídas por linhas e riscas de cor, paralelas, e pelas formas variadas e irregulares, embora geralmente simétricas, dos quadros.
Embora tenha começado na pintura, a Arte Minimalista conheceu o seu maior desenvolvimento na escultura. Os escultores usam normalmente processos e materiais industriais, como aço, plástico ou lâmpadas fluorescentes, na produção de formas geométricas, explorando as relações espaciais e a capacidade de a escultura interagir com o espaço envolvente, apostando na experiência corporal do próprio espectador.
Destacam-se as obras de Donald Judd, com as suas caixas uniformes em madeira, metal ou acrílico, pintadas com cores fortes, de Dan Flavin, com esculturas produzidas com tubos de luz fluorescente, de Sol LeWitt, com as construções em cubos e pinturas geométricas e de outros artistas como Robert Morris, Carl André, Richard Serra e Yves Klein.

Não trouxe o Moleskine

Penso em ti. O quanto ainda te amo. O teu silêncio faz-me pensar. Faz-me reflectir inconscientemente talvez. E tudo o que sai do alambique que é o cérebro,tem esta resposta. Amo-te. Não o digo por auto-comiseração. Para que te chegues mais perto. Não. Sei perfeitamente o que a realidade me é. Adversa. Nada a fazer. Amo-te.
Escrevo no bloco de notas. Sem Moleskine, mas com o pensamento claro. Límpido como a água pura do mar. E tudo o mais não sei. Não sei meu amor. É tão bom chamar-te de meu amor. É o que tu és. E dentro de mim, esse amor que te tenho, é como se fosse uma veia, um osso, um orgão interno de mim. Qualquer coisa real. Interna. Que está em mim, que é real. Aparte disso, o amor, para além da realidade é o melhor sentimento que tenho. A vida poucas certezas nos trás, esta é uma das poucas que tenho. O meu amor por ti é belo, apaixonante, vivo, real.
Agora não sai mais nada. Alguma coisa já saiu. Mas muita falta sair. O alambique necessita do fogo da escrita para depurar os sentimentos e a paixão. A razão e o sentimento.
Penso em ti...