11 dezembro 2009

Não quero ser mais nada

Não quero ser mais, nada do que sou.
Penso em ser mais. Mas não quero.
Interpreto que não sou nada.
Sou o que não quero, ser.

Quero ser somente um pouco de nada.
Um nada intangivel, ás vezes.
Imperceptível e trasnlúcido.
Que fecha os olhos quando é.

Empresto-me a ser nada.
Caminho eu, pelo meio de nada.
Mas mais, por enquanto penso em ser.
Respiro. Inspiro e expiro.

Ás vezes tenho frio como normalmente tenho.
Tenho sede quando me sabe bem beber água.
E é tudo o que quero ser. Tudo. Mais nada.
Uma linha tão direita como a linha mais perfeita.

2 comentários:

borboleta disse...

Lindo poema. Mais um ;)

Querer gostar de sermos quem e como somos. Neste caso, gostares de ser como és, mais nada do que és. Isso é bom.

Pensar em ser mais, mas mais nada do que és. Fantástica a forma como colocas as palavras. Fantástica a tua subtileza de escrever.

Urban Cat disse...

Passei aqui a correr só para vos desejar um Natal quentinho e...não! Não vou desejar muitas prendas, isso é lá entre vocês. O que desejo é muita paz, muita tranquilidade (pareço o Paulo Bento lol) e que tenham o prazer de estar juntos dos que amam.