10 setembro 2009

Rasgam-se as luzes

Diante dos gigantes que pela aurora nadam,
Eu e tu, estamos cada vez mais perto.
De frente para as nuvens negras que sobre nos se abatem,
Estamos cada vez mais perto.
Rasgam-se as luzes dos dias, as escuras noites.

Considero as pretensões, as pulsações.
Comprometo a certeza e o racional.
Respiro e volto a respirar, novamente...
Resguardo a capacidade de amar de novo.

De vez em quando sopro água pela boca.
Como torradas com café com leite. E tu?
Afagas o que não conheço em mim. Nada mesmo.
Lembro-me das pedras grandes. As fragas nos montes.

Sobre qualquer coisa que possa ser, adiante ser.
Rio de prazer e deixar ser. Mais torradas.
Sobra-me o tempo. Tantos relógios! Segundos...
Tanto tempo. Tanta vontade.

03 setembro 2009

um título

um título uma coisa sem nada sem pontos nem virgulas uma coisa mesmo à prémio nobel sem letras maiúsculas sem parágrafos um título uma página de jornal na mão de qualquer pessoa em qualquer lugar no planeta imagine-se onde e depois vem alguém que me diz que não pode ser porque não e apresenta as diversas razões o porquê de amarmos de odiarmos de respirarmos etc e depois de todas as razões assumidas e acertivamente compreendidas digo não não poderá deixar de existir um título onde se escreva sem pontos nem vírgulas nem maiúsculas só depende mesmo da vontade de quem escreve de quem elabora o que pensou e o torna real e desde que a realidade seja factual que seja comprovada um título é bem mais que só isso
ponto final