25 novembro 2008

E o querer é tão grande que posso não te sentir

E o querer é tão grande que posso não te sentir.
Traçam-se pequenos riscos como linhas a carvão
Por cima da minha imagem. Traçam-se linhas
Como as da palma da mão, as linhas da viagem.

E pungentemente me emociono com o todo.
Com Lisboa, com uma memória de um passado distante.
Um passado que é presente e futuro.
Uma emoção lirica e sistémica de mim.

Enquanto a máquina do tempo, o relógio,
Faz ecoar o ritmo dos segundos, eu
Abraço minimalmente tudo.
Uma experiência empirica de mim.

Afasto de mim as árvores, o mar, a terra.
Fico só no vazio. Eu e a matéria de que sou feito.
Sublinho a arte de viver. Resmordo a morte.
Vivo o pensar e a paixão. Beijo a sorte.

24 novembro 2008

18 novembro 2008

O encaixe

Certo dia em conversa com uma amiga, acabamos a nossa conversa a falar de encaixes. Gostei da maneira como falou da procura da nossa cara metade. A tal que nos encaixa na perfeição. Não é fácil existirem encaixes perfeitos há sempre umas folgas e umas arestas mais difíceis, que fazem dificultar o encaixe mutuo.
Realizei na minha cabeça um puzzle só com duas peças, mais ou menos complexo, que se poderia ou não encaixar na perfeição.

05 novembro 2008

Já escrevi aqui

Já escrevi aqui sobre amores, desamores, paixões e de traições. Já falei de dias, de noites. Do branco e do preto. Já escrevi sobre livros, sobre música, filmes e... tanta coisa.
Ainda não falei sobre as pessoas que cada vez me são mais indeferentes, não por eu querer mas porque elas assim o querem.
Também não falei aqui de temas sociais, nacionais e internacionais, de culinária e de touradas.
Não falei sobre a nossa herança nacional, seja ela qual for... ainda não falei sobre futebol.
Ainda não pus muitos videos. Tenho estado a ter aulas nesse campo.
Mas do que já falei e do que ainda falarei, tenho para mim a convicção de que nada merece ser apagado. Não gosto particularmente como os videos ficam numa página de blog. Esteticamente ficam muito melhor as palavras ordenadas de um verso ou poema. Mas não servem as coisas menos estéticas, as inestéticas, para contrastarem com as esteticamente mais redondas?
não serve o menos bom para ajudar a realçar o menos mau?
Não apago!
P.S.: Confesso que já apaguei posts e continuarei a apagar de certeza depois de os ter publicado. É a verdade meus amigos. A verdade.

Quebra

Parte-se um lápis, onde está o afia?
Rasga-se uma folha, onde está a fita cola?
Parte-se uma parede, onde está o cimento?
Corta-se uma árvore e nada a fará viver.

Por vezes, aquilo que se parte, que se estraga pode ser refeito. Mas a maior parte do que se estraga não pode ser consertado.
Debruço-me aqui mais um pouco sobre este assunto.
Muitas vezes o que se estraga não é estragado inadevertidamente, mas sim convictamente. É aqui que está o erro. A convicção. A certeza que ao realizar determinada acção, esta vai ter a consequência que queremos. Errado. Não se pode ter a certeza mas sim uma forte convicção de que tal irá acontecer. Uma quase certeza, sim.
Reli o que escrevi e falta muita coisa. Mas os pontos chave estão aqui, não vou refazer. Não quero apagar.