22 novembro 2007

Homem ao mar!

Tenho frio. As calças que tenho nas pernas repassam o frio do tempo.
Tenho frio e estou sozinho. Estou como qualquer coisa sem coisa alguma por perto.
Imagino uma árvore ou uma pedra num monte deserto. Imagino um urso polar a caminhar sobre uma enorme faixa de gelo, sem saber para onde ir.
Construo imagens do meu corpo gelado e do coração adormecido pelas fridas infigidas. Ele está sem saber o que sentir. O meu coração têm medo de se ferir.
Ou será a cabeça que ao reflectir me prega ao chão com prego tamanho que me deixa parado, sem querer desejar, com medo de amar...
O meu coração parece anestesiado por um lado e por outro diz-me que não quer parar de viver.
(...) Imagino uma menina. Tu. Os teus olhos são lindos. Sorrio. De ti guardei o teu olhar e o carinho que me deste. Tudo o mais que me resta é admirar a beleza que tens em ti. O todo que és.(...)
Homem ao mar! Homem ao mar! Atira-me uma bóia para não me afogar!
Agora imagina que está aqui escrita uma daquelas frases famosas que todos nos lembramos e que alguns gostam de citar... Imagina a tua preferida...
Agora que já pensaste e a disseste entre dentes, nada mais tenho a dizer...

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