25 novembro 2007

Aquecedor

Existem diversos tipos de aquecedores no mercado. A óleo, a gás, a electrecidade, lareiras, etc. Todos eles têm um objectivo, aquecer o ar para que este suba a temperatura de uma determinada área. Normalmente uma sala ou um quarto. Eu não tenho. Não, não sou masoquista. Mas não me parece bem tirar o prazer de sentir o frio da estação. Não me parece bem tentar disfarçar o frio que tenho em mim, de uma forma que não é natural. Se alguma coisa tivesse que escolher para me tirar o frio, escolhia-te a ti. Sim a ti. A melhor forma e mais antiga de aquecimento que existe. Só tu me podes aquecer sem sentir que é forçado. O meu corpo não quer respirar o ar pesado e quente fabricado artificialmente. O meu corpo quer sentir o calor provocado pelo teu corpo. Naturalmente, estou gelado de frio!

22 novembro 2007

Homem ao mar!

Tenho frio. As calças que tenho nas pernas repassam o frio do tempo.
Tenho frio e estou sozinho. Estou como qualquer coisa sem coisa alguma por perto.
Imagino uma árvore ou uma pedra num monte deserto. Imagino um urso polar a caminhar sobre uma enorme faixa de gelo, sem saber para onde ir.
Construo imagens do meu corpo gelado e do coração adormecido pelas fridas infigidas. Ele está sem saber o que sentir. O meu coração têm medo de se ferir.
Ou será a cabeça que ao reflectir me prega ao chão com prego tamanho que me deixa parado, sem querer desejar, com medo de amar...
O meu coração parece anestesiado por um lado e por outro diz-me que não quer parar de viver.
(...) Imagino uma menina. Tu. Os teus olhos são lindos. Sorrio. De ti guardei o teu olhar e o carinho que me deste. Tudo o mais que me resta é admirar a beleza que tens em ti. O todo que és.(...)
Homem ao mar! Homem ao mar! Atira-me uma bóia para não me afogar!
Agora imagina que está aqui escrita uma daquelas frases famosas que todos nos lembramos e que alguns gostam de citar... Imagina a tua preferida...
Agora que já pensaste e a disseste entre dentes, nada mais tenho a dizer...

21 novembro 2007

A Causa das Coisas

De repente lembrei-me de um livro que me deu muito prazer ler. A Causa das Coisas do Miguel Esteves Cardoso. Já o tenho a muito tempo, e sempre que me quero rir um pouco lá vou eu ao calhas ler qualquer coisa. Este livro surge na sequência da colaboração do escritor/jornalista com um conhecido jornal nacional, de que agora não me recordo o nome. São diversos artigos muito fáceis de ler e que com mordaz humor e crítica, falam de coisas que nos são próximas, ou foram ao tempo. Uma leitura atenta faz-nos recordar e aprender como era o pensamento da sociedade dos anos 80.
Fica então a recomendação.
Boa leitura.
P.S.- O jornal é o Expresso

18 novembro 2007

Ansiando por um decote...

Parece que vem aí chuva, alguns podem dizer que já não era sem tempo. Eu digo que me atrapalha este tempo chuvoso. Nunca gostei muito dele. As meninas e senhoras andam com mais roupa, sem decote o que é de facto uma grande chatice. Na minha opinião o verão e o tempo solarengo não deviam ser as únicas estações do ano em que os decotes tem oportunidade de se mostrar. Para onde olha um homem quando não há decotes para olhar? Talvez para o mesmo sítio, com a esperança de vislumbrar um botão aberto ou a forma de um seio cheio de frio. Se olhar fixamente para um casaco de ganga será que elas percebem que o que quero mesmo é olhar para os seios que estão cobertos e recobertos por tamanha imensidão de agasalhos? Não tendo visão raio x temo que esta será uma demanda sem sucesso visível... Bom mas nada melhor que o ar condicionado para que este problema se resolva de uma penada. Liga-se e já está. Tiramos o que está a mais e assim ficamos mais a vontade para mostrar o que queremos que o sexo oposto veja. Só espero que o ar condicionado nunca se avarie! Se isso acontecer lá vou ter que andar agasalhado, e possivelmente constipado.
Ansiando por um decote... até lá com este tempo só dá mesmo para imaginar o que a volumetria nos reserva.

A razão de ser

Parece que desde cedo sabia que o meu destino estva traçado. Não o digo só por dizer, digo-o porque há coisas que sentimos desde que nascemos. O sentimento de sentirmos que estamos neste mundo por alguma razão, está presente cada vez mais. Não sei se acreditarmos numa coisa faz com que ela se concretize. Talvez sim.
Todas as minhas relações sentimentais, pessoais e sociais levam um rumo que não estaria traçado. Parece que subconscientemente sei o que vai acontecer.
Sinto-me como se estivesse em falta qualquer coisa em mim que ainda não tenho ou que ainda não aconteceu. A fecilicidade ou simplemesmente o saber que estou no caminho certo. Esse caminho tem várias formas de ser alcançado, e assim continuo a procura dessas formas.
Uma coisa é certa, não devemos julgar a vida como grantida. Devemos sim fazer o melhor que sabemos para atingir a plena satisfação do que nós queremos.
É certo que agora me sinto como me sentia quando tinha dez anos ou menos. Um sentimento de que tenho muito para aprender e que se calhar nunca o vou deixar de sentir. Espero ser merecedor de aprender o que tiver a vida para me ensinar.

15 novembro 2007

Aos meus amores...

A subida começou. Lá vou eu tentar subir mais um degrau dos muitos que já subi na minha vida. Ou então, usando uma outra imagem, a subida da montanha começou de novo.
Estou tremendamente calmo. Não penso muito nas coisas. Tudo o que quero é paz e sossego. E claro atingir o alto das várias escadas que tento subir. Não deve ser difícil para quem ler o blog saber quais são...
Há coisas que não consigo mudar em mim. Vou tentar dosear a dose de bondade, e quem sabe de ingenuidade, e da-las somente a quem me apetecer. Claro que há sempre os que são apanhados por esta vaga do meu eu inconscientemente, e que não escolho agora. A escolha é feita no momento e não sou capaz de deixar de gostar dessas pessoas. É com essas que me preocupo e é com essas que vivo, nem que seja só na memória e no pensamento.
Relembrando um um assunto a que já me referi anteriormente, a sensação sentida à meses atrás de que alguma coisa ia mudar na minha vida, tornou-se realidade. Esta sensação que descrevi anteriormente, iria afectar-me de um modo que não tinha a certeza de como ia ser. Neste momento já o sei.
Interessante que o modo de como as coisas tomam um rumo que não conhecemos mas que sentimos ser natural. E natural é também o que estou a sentir neste momento. Uma calma que me está a possuir o cerebro e o corpo. E é uma calma de que estou a precisar de sentir. Um equilibrio que estou a achar natural como respirar. Preciso de viver sem pressas, sem tentar forçar a felicidade, sem forçar a vida.
Aos meus amores...

11 novembro 2007

Uma linha branca da côr das nuvens

Uma linha branca da côr das nuvens.
Uma folha preta da côr da morte.
Um pensamento amarelo
Da côr do teu cabelo.

Uma chama vermelha que se reflecte no espelho.
O teu olhar ansioso de um amor verdadeiro.
A ânsia do desejar o teu corpo.
De sugar os teus seios.

De sentir o teu meio.
Quente. Húmido.
Um lençol azul como a água do mar.
O termos o que queremos.

Fogem pela escrita as palavras que
Te quero dizer.
A côr que não existe faz-te imaginar-me.
E fechas os olhos para que doa menos.

Fetiche

Fetiche.
Palavra que marca a diferença.
Que rouba a presença do real.
Que satisfaz o mental.

Pinto a imaginação com ela.
Rapto a moral social.
Ponho as algemas nas tuas mãos.
Algemo-te o coração.

Indica-me o norte.
Faz-me a corte.
Respira sobre mim.
Pesa sobre mim.

Morde-me. Faz-me não querer.
Faz-me querer.
Põe o teu corpo à venda.
Vende-o a mim.

09 novembro 2007

O mais difícil é recomeçar...

O mais difícil é recomeçar... Depois de algum tempo afastado da escrita parece-me chegado o momento certo para recomeçar a escrever. E escrevo sem pressão, como não podia deixar de ser. Escrevo porque acho que devo e quero escrever. O querer e o dever fazem-me relembrar o que escrevi anteriormente. Estou calmo o suficiente para recomeçar a aventura de escrever nem que seja só qualquer coisa, mas recomeçar naturalmente.
Não mais falamos, estamos distantes, cada vez mais. Sinto a tua falta, mas acho que não devo tomar a iniciativa de te procurar. Embora seja difícil resistir à tentação. Todos os dias que se passaram pensei em ti, e continuo a pensar. O que estás a fazer, o que tens feito, se está tudo bem... são perguntas a que não tenho resposta. Se gostas de mim, se sentes a minha falta, se ainda me desejas, são as outras perguntas que estão implicitas nas primeiras. Pois muitas interrogações e nenhuma resposta. Não espero nada. Só tenho o presente como coisa minha. Como a realidade do que é meu. Tu fazes parte desta realidade, mas que se alterou nas últimas semanas. De facto não podemos ter sempre o que queremos. Um facto comprovado.
Embora este post pareça lúcido e racional, a realidade de mim neste momento não o é. O esforço para o ser mantem-se...

01 novembro 2007

Constipado e doente

Estou constipadissímo. É verdade passei o dia de cama.
Estou como não gosto de estar. Doente. Parece um contra senso não gostar de estar doente, já que a minha tendência para sofrer de amor é parecida. Mas nada se compara a ter as vias respiratórias entupidas, a cabeça a latejar e uma irritabilidade de último grau. Não me digam nada quando estou doente. Respondo torto e com sorte não lanço as sete pedras que tenho na mão.
É nestas alturas que fico mais sensível e cada vez mais racional. Não tenho paciência para aturar certas coisas. Não quero aturar birras infantis, não tenho paciência para conversas de cinco escudos. Não me atrevo a procurar ninguém. Tenho ainda uma restea de orgulho próprio que não me deixa falar com quem quero falar. Complicada eu acho esta última parte.
Só sei que não me apetece tomar a iniciativa de procurar alguém. De dar a cara. Já estou farto de o fazer. Se alguém sentir a minha falta concerteza que me irá procurar. Não posso estar sempre a pensar que se ficar imóvel não tenho o que quero... E os outros? Sim, os outros. Onde está quem gosta de mim e não me procura? Se calhar sou só eu que gosto e mais nada.
Vou continuar doente e irritadiço. Já tomei dois ilvicos hoje, para ver se a constipação fica por aqui. Só quero ver quando deixar de estar doente, se vou continuar a procurar quem não me procura... Era bom que não.