25 fevereiro 2007

Sem título, um rascunho

Da casa nada restava, só as pedras e o telhado lhe davam significado. As cores já não eram as mesmas, tudo lhe parecia diferente como se a realidade ali vivida não tivesse sido por ela...
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Um postal:
Vila Flor, 12 de Agosto de 1975
Minha querida irmã,
A menina está bem de saúde e o toda gente diz que é muito bonita. Rezo todos os dias para que fique bem de saúde. O padre António disse que se pode fazer o batizado à menina no fim de semana que vem. Já é tempo de a batizar não achas? Já passou muito tempo desde que ela nasceu em Fevereiro, e como o tempo está a ficar melhor ela já pode sair à rua sem muitas preocupações.
Um beijinho da tua irmã Idália
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Levou a mão à sua bolsa e tirou de lá um postal que tinha trazido de Lisboa. O postal que a tinha feito voltar à terra de onde era natural a sua mãe Idália e a sua tia Noélia.
Vila Flor nos anos setenta era uma vila em que a principal ocupação de quem lá estava era a agricultura. Muita coisa mudou entretanto, já existem mais casas de comércio, mais bancos e até veterinário a vila tem. (continua)

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